domingo, 18 de outubro de 2015

Está chegando a hora de você ajudar o INVIBES.

Nosso projeto de educação, "Agradecemos a Preferência", necessita de contribuições e doações para poder sair do papel.
Trata-se de um projeto de ação junto aos veículos de transporte coletivo, ônibus e trens (Metrô e CPTM) e atividades nos terminais destes mesmos transportes.
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Habilitaremos bonecos que serão vestidos por atores amadores de teatro, que atuarão como nossos voluntários e se apresentando no interior dos veículos, além de interagirem nos terminais, dentro e fora dos ônibus e trens.
Estes bonecos representarão o vovô Vital e sua amada companheira, vovó Vitalina. 

Para isto deveremos investir nas confecções das fantasias destes bonecos, que são do tamanho natural de uma pessoa. 
Na logística de se fazer várias equipes treinadas e distribuídas nos terminais de todos os cantos de S. Paulo. Teremos os custos de armazenamento, transporte e distribuição das equipes. 
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Além do custeio pessoal de todos, alimentação e estadia. Tudo isso gera um custo que não podemos arcar sem ajuda da comunidade. Nosso projeto ainda não está coberto por ajuda governamental e dai a nossa necessidade real das contribuições e doações.
Contamos com qualquer tipo de ajuda. E ainda você vai levar um lindo brinde do Instituto Vital. Uma ampulheta, símbolo do instituto.
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Agradecemos desde já a sua compreensão, colaboração e divulgação. Para facilitar as doações em breve iremos publicar o nosso telefone 0300 e contas bancárias. Comece a pensar na forma de como ajudarmos a vencer mais este obstáculo e mudar as dificuldades que os nossos idosos enfrentam no dia a dia.

Respeito ao Estatuto do Idoso, aos direitos de nossos avós, tios, pais. Eles merecem tudo neste mundo, pois nos deram a vida para nos criarem e protegerem.
Seja voluntário, caso você não possa ser um contribuinte ou doador, ajude-nos na divulgação, indique as empresas que possam doar e nos ajudar neste final de exercício de 2015.

O que podemos dizer mais? Obrigado a todos. O Instituto Vital quer somar, quer mudar este estado de coisas, essa realidade que tanto maltrata as pessoas que necessitam de atenção e acima de tudo respeito.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Um ano de atividades no terceiro setor pela terceira idade.

Hoje o Instituto Vital do Bem Estar Social da Terceira Idade, o nosso querido Instituto Vital, está completando um ano de vida.
Parece pouco, mas não é. Já estávamos em atividade há quase um ano antes de sermos constituídos conforme a lei. Mas esses anos não bastaram.
Precisamos e queremos mais. Desde nosso primeiro desenho para a defesa intransigente dos direitos dos idosos através do que está estabelecido no Estatuto do Idoso, nada mudou.
A sociedade continua virando as costas para os idosos, isso sem dizer o total desrespeito que os governos federal, estadual e municipal dão à terceira idade.
Vemos diariamente escândalos, denúncias de maus tratos nos lares, nas ruas nos hospitais, enfim tratam os idosos com lixo, fardo e que nada fazem, só atrapalham.
Deus é testemunha. 
Vemos hoje uma escalada de desrespeito contra os idosos. Quem passa dos setenta anos é visto como peça de museu e que deveriam ficar em asilos, jogados como descartáveis da sociedade.
Iremos à luta, não vamos nos esmorecer. Quanto mais difícil é mais gostoso de enfrentar. Não iremos desistir, esse verbo não faz parte do nosso dicionário.

Contamos com a ajuda daqueles que querem mudar esse estado de coisas. Vamos seguir adiante, que venham mais anos, e que venha maior dignidade e respeito aos nossos valorosos homens e mulheres que nos prepararam para a vida.
Queremos mudar. E sem a sua ajuda e compreensão, não haveremos de atingir. 

Obrigado aos que acreditaram em nosso sonho, vamos para mais um ano de labuta e busca pela trajetória por dignidade, civilidade, carinho e principalmente generosidade aos mais velhos.
Nós acreditamos. Amém. 

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Por que somos teimosos? Tem cura?

Teimosia
substantivo feminino
1.qualidade de teimoso.
2.teima repetida.

Por que somos teimosos? Tem cura?
O fato de ser teimoso pode acabar com as oportunidades de sua vida, caso não aprenda a ter limites em sua teimosia. Às vezes, manter sua opinião é importante, mas o compromisso e a colaboração também são importantes. Se achar que sempre tenta manter seu ponto de vista, talvez seja a hora de perceber que está exagerando e deixando de participar em muitas atividades, de fazer amizades e até de aproveitar oportunidades de emprego. É o momento de mudar e deixar de ser teimoso. 
Lembre-se que as pessoas precisam relacionar-se e que ninguém é perfeito e nem está certo o tempo todo.

O que acompanha a teimosia? Ah, quer saber? É o orgulho.
A palavra orgulho pode ter uma conotação positiva ou negativa, dependendo do contexto e do sentimento que representa. 
É um termo pejorativo quando se refere a um sentimento excessivo de contentamento que uma pessoa tem a respeito de si mesma, de acordo com as suas características, qualidades e ações. 
Uma pessoa orgulhosa mostra altivez, soberba, vaidade, arrogância, podendo mesmo revelar desprezo em relação a outra pessoa. 

O que é o antônimo de orgulho? Trata-se da humildade.
Virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações; modéstia, simplicidade.

Pronto está finalizada a minha proposta de tese. Teimosia com uma pitada de orgulho e sem a menor modéstia. 
Essa química é a tônica do brasileiro normal que vive o nosso cotidiano. 
Que está nas no seio das famílias, em empresas, nas escolas, nas ruas, nos meios transportes urbanos. 
E é justamente nos transportes que venho anotando, observando e hoje, faço esse testemunho-relato das minhas observações.
Somos diariamente, e porque não definitivamente, teimosos. Eu, tu, ele, nós, vós e eles, absolutamente teimosos.

Pura reação de pessoas orgulhosas, individualistas, sem amor no coração, sem absorver os ensinamentos do Evangelhos do cristianismo.
Por que amar o próximo como a ti mesmo? Profetas como Marcos e Mateus dizem que Jesus dizia da importância desse mandamento, o segundo.
Ambos escrevem: "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que este".

Mas esquecemos disso. Talvez estejamos na cegueira moral e geral. A maldade e a miopia ética se ocultam naquilo que consideramos comum e banal na vida cotidiana. 
A luta diária pela sobrevivência nos molda como soldados infames da vida moderna e competitiva, que nos afastam da generosidade, caridade e humildade.
Quem é bom de índole é alcunhado de trouxa, bobo e outros predicados negativos. Portanto quem é humilde não vence essa competição desenfreada da sociedade. 
Quem quer ser perdedor nessa sociedade cheia de status?
Até o mais simples, aquele menos preparado, sem estudos, quer vencer, e escolhe o caminho às vezes da violência. É o aprendiz útil da perversidade.
Mas mudando de tese para a prática, relato algumas histórias em que presenciei no dia a dia como usuário de ônibus e trens do Metrô e CPTM. 

Como sabem, o meu dever de ofício, utilizo-me desses meios de transportes para verificar o quanto o nosso Instituto Vital precisa atuar em favor dos direitos dos idosos.
E por vezes me deparo com a teimosia de muitos deles. As pessoas oferecem o assento, nem sempre preferencial, mas o orgulho fala mais alto. – Não, minha querida, vou descer no próximo. E acabam não aceitando a gentileza, fato raro nos dias de hoje. Outros nem agradecem, apenas abanam a cabeça, negando a oferta. 

Dia desses, um idoso aposentado morador no meu prédio estava mancando, com dificuldade em andar e perguntei o que havia passado com ele.
– Uhhh, nem te falo! Carregado com sotaque italiano. Eu peguei um ônibus na Vila Mariana com sentido para a Lapa. Uma mocinha até me ofereceu o seu assento. Não aceitei, disse. Ela devia estar cansada após um dia de trabalho e eu estava passeando, permaneci em pé, completou. No caminho, o ônibus foi fechado, freou e uns quinze passaram em cima de mim.
– Era o articulado, estava cheio de pessoas de pé. Bati a perna naquele ferro. Resultado de não ter havido aceito a tal oferta para se sentar.

Vejo todos os dias atos de teimosia. Ora dos idosos, ora dos jovens que não arredam do assento preferencial. Ora dos motoristas que não param na frente do ponto próximo do meio fio, dificultam a descida de pessoas idosas.
Outros não abrem a portam fora do ponto, já que existe uma portaria que diz claramente que devem parar para a descida de pessoas com dificuldades de se locomoverem distâncias longas. 

Lembro de ter visto um ato de rebeldia de uma cobradora que não ajudou uma moça grávida a rodar a catraca e pedir para descer na frente, pois a barriga estava enorme e passar pela catraca afetaria sua gestação.

Atos de teimosia são atitudes insanas e permeiam a condição selvagem dessa nossa sociedade na cidade, no país, no mundo.

Precisamos melhorar as nossas atitudes. Se não pela educação e bons costumes, pelos menos, em nome da generosidade pregada por Jesus.

Está na hora de fazermos algo pelo próximo, a começar pelo respeito, caridade e bondade. Muda sociedade, muda.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Álcool, drogas, nojo e falta de solidariedade.

Hoje, depois de um longo tempo sem inspiração, volto a escrever para o Blog do Vital.
Por que falta de inspiração? Comentei a um amigo que só me sentia movido a escrever, caso estivesse de baixo astral, desmotivado ou até deprimido.
Pois é, nada disso estava acontecendo comigo quando assisti a cenas que me ensejaram esta crônica cujo título fala de álcool e drogas, coisa corriqueira em nossas ruas da capital.
O nojo e a falta de solidariedade, são inerentes do ser humano, principalmente nesta cidade tão cruel, cuja sociedade é individualista ao extremo. 

Então porque escrever? 

Vinha no ônibus, como quase sempre nestes últimos tempos. Entre a saída do terminal e parada no primeiro ponto, coisa de 500 metros, me deparo com uma situação.
Um senhor mulato, nem tanto mal vestido, visivelmente bêbado, permanecia ainda na parte dianteira do veículo, antes da catraca, sem encontrar lugar para se sentar, senta-se na escada de dois degraus no espaço que separa a cabine do corredor que acessa a catraca com o cobrador. Ufa, achou um lugar para se proteger dos solavancos das mudanças de marcha do ônibus, freadas, paradas e etc. 
Ocorre que ingressam passageiros naquele ponto de parada. Uma senhora que queria passar. Pára. O cobrador pede para aquele senhor bêbado para sair do local, estava atrapalhando a passagem de outros que lá entraram no interior do busão.
Ele, praticamente em outra frequência mental, totalmente alcoolizado, não responde, não ouve, não dá bola para os pedidos por parte do cobrador. A velha senhora, cutuca seu ombro e faz sinal com as mãos que deseja seguir em frente.
Ele entende, mas não consegue se levantar, o ônibus está em movimento. Se ele ficar de pé, provavelmente irá cair.
Próxima parada, 300 metros depois. 
Até aí o motorista e outros passageiros já sabiam da situação. Um senhor que estava num lugar reservado aos preferenciais, ao lado da catraca, se levanta e cede o espaço ao nosso amigo alcoolizado. 
Com o ônibus parado a operação é realizada com absoluto sucesso. Aí começa outra questão. O tal "nojo" de que falo no título. Quem iria se sentar ao lado do cidadão que exagerou na bebida?
Daquele ponto até o penúltimo, ninguém se aventurou a ficar próximo daquele sujeito. 
O cheiro forte e risco de vômitos ou outra coisa do gênero, era impedimento para alguém se arriscar.

Mais outro bêbado, mas será o Benedito?

Em outro ponto, quase no final da viagem, entra outro cidadão. Este estava numa espécie de pós-ressaca, provavelmente estava voltando do Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia, na região de Santa Cecília, nos baixos do Minhocão, pois estava com a cabeça totalmente enfaixada.
Ainda cambaleante, deparando-se com aquela escadinha, ficou parado, porém de pé. Será? Perguntei para mim mesmo. De novo? Nesse momento, o nosso primeiro cidadão, aquele bêbado, se levantou e ajudou o colega de agruras. Ficaram lá, meio apertados, porém juntos na desgraça da "marvada".

As chagas de nossa sociedade hipócrita.

Não vi solidariedade dos outros, apenas aquele idoso no começo da viagem, e só. 
Ouvi sim, comentários sobre o estado alcoólico daquelas pessoas. Mas não vi solidariedade, compreensão, benevolência, enfim nenhuma demonstração de atenção ao problemas social, que faz o indivíduo ficar marginalizado e partir para o que é mais fácil e acessível a eles. O álcool, a droga. 
Eu, por exemplo, iria descer alguns pontos antes, mas preferi ficar até o fim. Ir até o ponto final para ver e sentir o término daquela triste viagem daqueles seres humanos abandonados a própria sorte.
Chegada no centro da cidade de S. Paulo. Praça Ramos, próxima do gabinete do nosso alcaide. Baixos do Viaduto do Chá. Lugar de depósito de gente marginalizada, sem a menor ajuda da Promoção Social. 
Ah, sim, não temos verba para esse tipo de ajuda. Temos sim, verbas para as ciclofaixas, placas de 40 Km nas ruas e avenidas, 50 Km nas marginais...

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Quem quer salvar o mundo?

Leve o espírito olímpico para a sua vida.
De tempos em tempos, volta e meia a mídia acorda para algo que deveria ser uma ação permanente, ou seja, uma educação perene, uma participação ativa da sociedade e aos elementos envolvidos neste processo.
Pessoas, cidadãos, população, todos estes envolvidos deveriam ser permanentemente cumpridores de atos e atitudes civilizadas em qualquer lugar em qualquer época. 
Em casa, nos recintos públicos, nos transportes, na rua, enfim em todos os lugares.
O que parece ser obrigação, uma coisa natural, é citada como casos únicos, dignos de exemplos e são comentados como exceção à regra. Viram vídeos que virilizam nas redes sociais. 
São citados em programas e noticiários como um exemplo a ser seguido. Ora bolas, não concordo. Para que ser comentado como algo diferente, algo inusitado, algo que deveria ser seguido como exemplo? 
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O que deveria ser normal é comentado como anormal?

Acredito que deveria ser corriqueiro. Normal, comum, usual e não diferente, ocasional, e não ser festejado como uma atitude anormal. 
Vemos alguns posts nas redes, onde as pessoas comentam incrédulas que um idoso foi despeitado no transporte público não tendo condições de se utilizar do local preferencial.
Vídeos de algumas pessoas fazendo atos agressivos punindo os motoristas de carros que estacionaram em vagas para deficientes, gestantes ou idosos.
Por que tanto espanto nos dois casos. Um que fez algo civilizado e se comportou como um cidadão educado e o outro, quando se aplicou a Lei de Talião, a tal regra dente por dente.
Creio que nos dois casos, por serem exemplos, um de respeito e outro de punição, atinja as pessoas como modelos do comportamento de uma sociedade que se esqueceu de suas atribuições.

De quem é a culpa?

Culpa do Estado? Culpa dos tempos de sobrevivência? Culpa da falta de educação que deveria vir do berço? Culpa do pai e mãe que não mais permanecem com os filhos na infância e saem mais cedo para a luta e sobreviver?
Culpa do sucateamento do ensino, dos governantes que não mais priorizam a educação? Culpa e mais culpa.
Se formos seguir a essa mazela, deveríamos desistir de vez. Liga-se o foda-se, pau nos culpados e aos que dependem da boa vontade dos outros.
Me decepciono ao ver a maioria desistir e os mansos se conformarem. "É assim mesmo, deixa pra lá". O povo, em sua maioria não reage. Ninguém procura lutar em defesa dos outros. Somos individualistas e covardes. 

Aproveitadores, os mesmos oportunistas de sempre.

Ah, tem os políticos, os pais dos pobres. Ledo engano. Políticos e dirigentes religiosos, começam simples e humildes, depois adquirem poder, e principalmente, dinheiro e de repente tudo se transforma. O pai dos pobres, o pastor, o dirigente, todos quando se tornam poderosos, acabam muito ocupados e se esquecem daqueles que acreditaram na causa. É o triste destino do eleitor e do fiel, que se manterão nas calçadas. 
O exemplo deles contamina os segundos escalões e a pirâmide abaixo. Depois disso salve-se quem puder. Os bem aventurados, que ainda existem, seguem a triste sina de continuar a lutar pelos direitos dos mais fracos e desrespeitados.
A mídia com os geniais criadores fazem comerciais e peças de propaganda, mais preocupados em ganhar prêmios nos festivais publicitários, mostram aquele mundo ideal e as redes comentam para mais tarde, aquele mesmo assunto abordado cair no esquecimento.


Tudo de novo.

Depois vem outro grande evento mundial, retomam o assunto, veiculam, virilizam e a coisa se repete. Acho que é hora de uma revolução. Um novo tempo. Começarmos duas linhas de ação. Um, o primeiro, seria o brado dos mansos. Lutarmos pelos nossos direitos. Se for necessário, usar a força. 
Outro dia no trem da CPTM, vi um senhor de idade tirar um jovem do assento destinado aos preferenciais. Dizia ele, que estava exigindo respeito pelo anos que ele havia trabalhado, produziu para a sociedade e que ele, já idoso tinha direito a aquele lugar.
Que aquele jovem aguardasse o seu tempo, que prestasse serviços e que após a longa caminhada fizesse, no futuro, o mesmo que ele. Aquele o senhor de idade, estava fazendo naquele momento o que todos deveriam fazer, lutar pelos seus direitos, mesmo que fosse no grito. Todos os usuários daquele trem se calaram em suas hipocrisias naquele vagão. É esse silêncio que me corrói.
Cumprimentei-o e disse aos mais próximos que lá estavam, que usaria aquele testemunho em meus posts, como faço agora.

Educação, é a única saída. 

A segunda parte, seria a Educação. Exigirmos que estes governos corruptos, que só querem extrair a grana para si próprios, que façam algo para iniciarmos uma cruzada para a educação deste país.
Aqui, faço um exercício utópico em minha mente. Queria que tivéssemos um rodízio de países. Que o Brasil trocasse com o Japão. Que os japoneses tivessem uma larga extensão de terra como nós brasileiros e vice-versa. Que nós brasileiros vivêssemos numa ilha.

Utopia e harakiri.

Como seria? Este país, o Brasil com os japoneses, provavelmente seria o maior do mundo. Na educação, no respeito, na tradição de zelar pelos mais velhos, pelo respeito a natureza, talvez não perderíamos a Amazônia, não teríamos desmatamento desenfreado. 

Enquanto a ilha, provavelmente estaria afundando-se com tanta sujeira, lixos, poluição nos rios, ruas, bairros e cidades. Ninguém estaria andando, porque não haveria espaço para tanto carro estacionado nas duas mãos das ruas.
Com certeza, no primeiro terremoto, não faríamos nada para consertar.

Escolas sujas, carteiras quebradas e com os alunos agredindo aos professores, enfim não mais teríamos o ensino. Greves, assaltos, enchentes, caos urbano, corrupção nem se fala. Se seguissem o Harakiri, estariam todos mortos. Suicídio geral nos escândalos do Mensalão, Lava Jato e outros mais.
Vocês se lembram dos jogos do Japão na última Copa do Mundo? Os torcedores japoneses recolhendo o lixo que foi jogado no estádio, após o jogo terminar. Ouvi-se muito quando saiu nos noticiários que deveríamos fazer igual. Fizemos?
Pobre desse espírito olímpico em nossas vidas brasileiras.
Clique nestes dois links abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=HZbNSsBmNWU&list=PLT-eKM4S_uC_ScdsIBUXGq56RtM4AzEeF 


https://www.youtube.com/watch?v=PXUaUbHwQtg

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Ônibus municipais, um roteiro de horror de filmes B

Terminal da Lapa para o centro de S. Paulo, Praça Ramos.
Um festival de incoerências. Trajeto digno de um roteiro de horror de um filme B.
Desde o ponto inicial do ônibus com destino final o que chamam de Praça Ramos, que na verdade é na Rua Xavier de Toledo.
E o pior, ninguém reclama. Nem o usuário prejudicado pelo péssimo serviço, nem o cidadão que clama por direitos, respeito e dignidade.
Vamos aos relatos. O Instituto Vital deverá promover uma pesquisa urgente com fundos próprios, salvo se não houver alguma entidade, pessoas com visão filantrópica para nos ajudar. 

Pesquisa de campo que falta
Esta pesquisa servirá de embasamento para provar o total desleixo e falta de vontade das autoridades municipais, quer executivo, quer legislativo, empresários das empresas de ônibus e os sindicatos dos motoristas e cobradores.
Numa simples viagem a partir das 10:30 horas, vimos absurdos e porque não, abusos a qualquer dignidade das pessoas, quer idosos, foco principal do nosso Instituto Vital, quer de pessoas usuárias normais das linhas de ônibus.
É sabido que nesse horário o número de idosos é maior do que os outros, por exemplo mais cedo. Esses mesmos usuários da terceira idade, permanecem na frente do ônibus, antes da catraca e em consequência congestionam essa parte do ônibus, que possuí um maior número de assentos preferenciais, em torno de oito lugares dependendo da configuração e tipo de veículo.Também acabam impedindo a passagem de outros que por ventura queiram atravessar a catraca. 

Cadê o cobrador?

Para complicar o cobrador não estava em seu posto de trabalho. Não podemos entender. Como se abre a porta de ingresso de pessoas e o cobrador, que deveria estar lá para validar a passagem dos idosos, não estava. Os outros passageiros que passam apenas com o Bilhete Único, acabam ocupando os lugares e deixam sem opção para os que passarão após a chegada do tal cobrador. 
Isso é de uma insensibilidade ímpar. Resultado, os outros assentos preferenciais acabam sendo ocupados por pessoas que não são preferenciais e o idoso fica de pé. Aquele cobrador, o tal atrasadinho, nem se vale de pedir que o passageiro ceda o espaço ao idoso. Uma vergonha. Quem acaba fazendo isso, no caso, somos nós e para o olhar 33 de quem está sendo convidado a permitir que o idoso se ocupe de seu espaço por direito. Cidadania se faz com educação. E nesse país se vê de tudo, menos a educação. Cada vez mais teremos esses atos de desrespeito, infelizmente.

Segue a aventura

Seguindo para a cidade nos deparamos com o caos do trânsito. A essas horas? Quase 11:00. Ah, são as reformas debaixo do Minhocão. São obras do Haddad. O tal prefeito das ciclovias. Uma verdadeira zona implantada desde janeiro e há quase seis meses deixando o trajeto uma verdadeira rota de guerra no Oriente, como na Síria e no Iraque.
Tem planejamento nessa cidade? Claro que não. Tem ônibus com a configuração para esse número alto de idosos neste horário? Claro que não. Tem cobrador capacitado para exercer e estabelecer a ordem naquele coletivo? Claro que não.

Adotem uma nova ideia.

Nesse caso, vai aqui uma ideia. Porque não o ônibus inteiro ter os assentos preferenciais e em caso de ausência deste, o espaço poderá ser ocupado pelos outros? É de se pensar, não, políticos?
Mulheres com crianças de colo, gestantes, deficientes e até os obesos, em sua maioria ficam de pé. Salvo uma pessoa consciente e educada, vale dizer, que acaba cedendo o seu lugar. Caso contrário, o ônibus é o transporte mais desumano desta cidade. Alô seu prefeito, seus vereadores, autoridades, vamos tomar vergonha na cara e fazer algo. 
Isso ai que está não condiz com o século 21. 
Há modelos que usam coisas dos anos 50. A começar pelos nomes das rotas de ônibus. Algumas ainda usam as trilhas dos antigos bondes. O troleibus por exemplo. A Praça Ramos está longe do ponto final. Mas o nome da rota está lá. Deveria ser rua Xavier de Toledo. E o ônibus nem pára no ponto da Praça Ramos, quando ele faz o caminho de volta para o bairro da Lapa. Fala sério.

terça-feira, 17 de março de 2015

Quem vai sentar primeiro?

De quem é a maior prioridade?
Não sabemos se todos já notaram, mas os veículos de transporte coletivos, quer ônibus, quer os trens, estão com um adesivo novo e mais completo. O que já existia em alguns veículos ou estações, agora passou a ser regra geral. Os obesos estão também na lista de preferenciais. E é justamente aí que a questão de qual é a maior prioridade, ou o que é mais prioritário do que o outro? Diriam as autoridades que o bom senso que normatizará o seu uso. Ora, num mundo em que as pessoas mal-educadas já não respeitam o que existia anteriormente, será que hoje irão mudar o seu comportamento? Cremos que irão continuar da mesma forma. Muito embora alguns dos eleitos como preferenciais, como é o caso dos deficientes e idosos, possuem estatutos que estabelecem por meio de lei, as normas e os direitos em seus enunciados. 


Quem tem prioridade?

Neste grupo preferencial acrescentaram os obesos. É uma bela tese para se discutir quem será hierarquicamente o prioritário. Pela sequência das figuras não é, afirmamos desde já, já que os obesos são os primeiros e os deficiente e idosos ficam bem no final. Vemos notadamente enfoques diferentes em cada caso. Idoso não é doença, é consequência de uma vida longeva. Gravidez e mães com crianças de colo, são temporários e também não é doença, é consequência da vida. Já os deficientes são por doença da poliomelite e paralisia mental, além de serem acometidos por acidentes graves que tornam os indivíduos impossibilitados de se moverem independentemente, ou com muletas, carrinhos de rodas, ou com ajuda de pessoas. Restam os obesos. Nem podemos classificar como doentes ou consequências. Hereditariamente existem pessoas acima do peso, que podem ser combatidas com remédios, exercícios físicos, dietas e não raramente podemos atribuir a obesidade mórbida como doença. Então como ficamos? Um idoso deve se levantar e deixar um obeso sentar-se no assento preferencial? Quem é o mais prioritário? Ou até uma gestante ainda nos primeiros meses deve se sentar no lugar do idoso ou obeso.

Cada vez mais precisamos de educação

Achamos que esses conflitos continuarão a nos questionar. Educação, bom senso, gentileza, cidadania, enfim deixemos eles se ajeitarem. O Instituto Vital presenciou recentemente uma situação que nos levou esse questionamento. Por iniciativa própria, um idoso cedeu o seu lugar para uma gestante, uma outra pessoa que estava por perto, uma senhora mais idosa ao lado tomou prontamente o assento no lugar cedido à gestante. A gestante não conseguindo se sentar ficou decepcionada e imediatamente uma outra pessoa, que não estava no local preferencial cedeu o seu lugar para a moça grávida. Ao mesmo tempo, o clima ficou quente e muitos questionaram aquela senhora idosa, que mal-educada destratou a todos. E nós registramos esse ocorrido com muita preocupação. É preciso bom senso? Às vezes não. É a educação que fará os conflitos diminuirem. Afinal, se deixarmos para as pessoas se entenderem, ninguém sairá bem na fita, ou no assento, quer preferencial ou no comum.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Sorrir, o verdadeiro antídoto para enfrentar o sufoco dos transportes.

Mini-blitz – Terminal da Lapa
Impressões de uma manhã no Terminal da Lapa. Os usuários já conhecem bem. Um terminal muito utilizado por ser um ponto estratégico na Região Oeste. O terminal envolve num lado ônibus e fica bem próximo a uma estação de trem CPTM - Lapa. Quem desce ou sobe neste local, segue apenas uma estação e desembarca em outro terminal, o da Barra Funda e faz a integração com os trens do Metrô. Se seguir do Terminal da Lapa cerca de 500 metros caminhando a pé no sentido oposto, pode encontrar a outra estação CPTM - Lapa, próxima do Mercado Municipal e as ruas de comércio muito ativo como a rua 12 de Outubro e segue, via a linha Rubi, no. 7 que serve até a cidade vizinha de Francisco Morato, além de estações intermediárias, Pirituba, Jaraguá e Perus. 
Muita gente, além dos passageiros usuais

Por ser um entrocamento modal, há muitas particularidades e peculiaridades na circulação de pessoas. Também temos outros serviços que os usuários de transportes utilizam, tais como: carregamento de Bilhete Único, pedidos de novos cartões, de bilhetes para estudantes, cancelamento e as substituições pela segunda-via, que acabam transformando os guichês de serviços em filas intermináveis, onde o serviço terceirizado não respeita a preferência para os idosos e gestantes, no que pudemos observar. 
O atendimento leva de 10 a 20 minutos por pessoa, e esse delay no atendimento, faz dos mais idosos, que permanecem de pé, um grande sacrifício. Apesar de observarmos que existem monitores com o jaleco amarelo (Posso Ajudar?) para poder auxiliar eventualmente quem as procuram. 

Como valorizar os profissionais?

De volta aos ônibus, hoje tivemos uma grata experiência que nos deu uma nova ideia para estudos no Instituto Vital. Trata-se da simpatia dos condutores, motoristas e cobradores dos ônibus. Notamos que a viagem se torna bem agradável quando os sorrisos ficam estampados nos funcionários. É claro que a hora ajudava. Passava das 10:00 horas e ainda as viagens não haviam provocado os desgastes de vários trajetos de ida/volta, com trânsito, gente e etc. 
O motorista estava calmo, fez um percurso sereno e tranquilo. Nada de freadas e saídas celeres. Manteve a paciência nas descidas e/ou subidas de usuários com limitação motora.
E o cobrador, uma verdadeiro comediante, no bom sentido. Sempre sorridente, brincalhão, atendia a todos da mesma maneira, em alto astral. Informava aos passageiros o ponto que deveriam descer com antecedência, evitando assim os empurrões e pressa ao sair, podendo alguém sofrer algum acidente. Pensamos na hora, vamos elaborar o Troféu Vital de Simpatia. Por que não? Vamos estudar e colocar em prática, essa valorização do profissional do transporte urbano de S. Paulo e região. Estaremos em breve falando com os sindicatos e empresas de viação para este estudo.


Amanhã

Também no próximo post, iremos abordar outra coisa que observamos nas viagens. Quem tem a prioridade no assento preferencial? 

- Um idoso com dificuldades de locomoção deve ceder o seu lugar à uma gestante ou mulher com filho de colo? 
Até o próximo, #amigosdosidosos

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Nesta Casa Tem Goteira/Pinga Ni Mim, Pinga Ni Mim, Pinga Ni Mim

Hoje foi um dia daqueles. 
Graças a Deus a chuva está caindo, mas a dose está um pouco fora de medida. 
Hoje, dia 25 de fevereiro deparei-me com uma situação inusitada. Há mais de 45 anos de São Paulo nunca tive que passar por isso. Um única vez em 1981, fui pego com aquela inundação na Grande S. Paulo, mas eu andava de carro e dava aula no ABC. Tive que fazer um circuito que contornava a marginal Tietê. Cheguei de madrugada, após ficar perambulando desde às 20:00 horas. Procurando uma passagem para a Zona Norte.
Mas hoje foi diferente. Estava dentro de um ônibus no horário de pico e com a chuva descendo ladeira abaixo. Passava das 16:00 horas e sai do centro da cidade. Rua Xavier Toledo rumo a Lapa, com o ônibus Linha 8400 - Terminal Pirituba, que passa na frente do meu prédio e o ponto é próximo da minha entrada principal. 

Ônibus com goteira

Música de Sérgio Reis: Nesta Casa Tem Goteira/Pinga Ni Mim, Pinga Ni Mim, Pinga Ni Mim/Nesta Casa Tem Goteira/Pinga Ni Mim, Pinga Ni Mim, Pinga Ni Mim, mudei pra "Nesse ônibus tem goteira, pinga ni mim..." (http://www.kboing.com.br/sergio-reis/1-84468/). 
A coisa estava tão feia que vi pelo menos quatro passageiros tirarem fotos para reclamar na SPTrans. – Uma vergonha, dizia uma tiazinha. Já pagamos R$ 3,50 e ainda tem goteira. Eu também tirei. Estão aí pra vocês verem. E ainda de quebra uma imagem minha, no estado que fiquei, após pedir para sair do busão, quando ele ficou parado, aguardando a liberação da via, próximo do Shopping da Lapa, quase a 100 metros do cruzamento que dava acesso ao viaduto da Lapa. Bem próximo de onde eu moro. Pedi ao motorista para liberar a porta de saída. Estávamos no sufoco. Ônibus cheio, gente de pé se espremendo igual sardinha em lata. Ninguém abria as janelas pelo fato da chuva ser levada pelo vento para dentro do ônibus. Não me aguentei, pedi arrego e sai pela porta de trás. Enfrentei a ira da chuva, mas era melhor do que o aperto. Rumei para o local onde a água impedia a circulação dos veículos. Aquilo iria demorar para baixar. O povo começou a buscar alternativa, contornamos a rua Catão, descemos e saímos na frente da subida do Viaduto. Lá fomos nós. Eu e mais uns inconsequentes que não suportaram a prisão do busão.

De volta para casa
Cheguei em casa após uns quinze minutos de água na cara. Preservei os eletrônicos e ainda passei na padoca para comprar aquele pãozinho francês fresquinho. As meninas do balcão que me conhecem se espantaram e perguntaram: – Seu Salim, o que é isso? Como um pinto molhado, respondo: – Água do céus. Bendita água do céus. Nas ruas inundadas, a enchente é culpa das autoridades e da população porca que joga lixo na rua. Não consegui fazer as fotos, mas as travessas que chegaram a cobrir carros, estavam cheias de papéis, sacos plásticos e outros troços, para não falar outra coisa. Lembrei do filminho dos anos 70: POVO DESENVOLVIDO, POVO LIMPO. Eu acrescentaria POVO CIVILIZADO. Hoje foi um dia daqueles, para os antigos que assistiram a velha Família Trapo da TV Record, canal 7, aquela com o Golias, Jô Soares e Renata Fronzi. Tinha o chefe da família, o comediante ítalo-brasileiro Zeloni que sempre falava quando acontecia uma cagada. "– Tudo acontece comigo, só comigo".

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Blitz do Vital - Eu não vou, vai você! Parte 3

Serviço especializados para pessoas especiais. Rampa para cadeirantes (horário e tipo de ônibus). Vai começar o jogo do empurra-empurra. Enquanto isso quem paga o pato?
Notem os cabos com as emendas (cotovelos) no alto.
Motoristas e cobradores que prestam os serviços de acordo com a direção do vento. Já de um tempo, vimos observando um certo desencontro na forma de colaboração entre os motoristas e os cobradores. Nos anos 2000, quando viajava nos troleibus, o elétrico, morador que era do bairro do Cambuci, notava quase sempre nos trajetos o maior problema dos ônibus elétricos que perdura até hoje e que nenhum engenheiro resolveu. As antenas pantográficas que transmitem a energia elétrica aérea aos acumuladores dos veículos. A cada curva, esses fios que conduzem a eletricidade, ligados através de emenda nos cabos. Existe um "cotovelo" que via de regra provoca um sobressalto na antena, que acaba se soltando e desligando a parte que desliza nos fios, e muitas vezes provocam faíscas assustando os passageiros e pedestres próximos. Pois bem, quem é que vai arrumar e recolocar as antenas nos lugares? Às vezes os motoristas, às vezes os cobradores. Não há consenso. Pura falta de disciplina vinda da garagem, e que os administradores poderiam definir. Simples assim, só que não! "– Deixa para quem quiser ou tiver maior boa vontade!" E em dias de chuvas, nem pensar! Quem vai? Eu não, vai você.

Ei pessoal da garagem!  Vamos acordar?

Essa falta de norma ou diretriz permanece até hoje. Nos veículos especiais, os que possuem sinalização indicativa de ônibus para deficientes físicos, cadeirantes por acaso, não tem a norma definida de quem aciona a rampa para o cadeirante subir e/ou descer. Tenho notado essa tarefa sendo feita em maior número pelos condutores do que pelos cobradores. Sendo que o normal, deveria ser o cobrador, já que o condutor deve estar atento aos comandos do ônibus, tais como freio de mão, portas de acesso e descidas e outros afazeres inerentes a sua principal função. O cobrador que conquistou um enorme alívio com o advento dos cartões magnéticos dos usuários, não precisando se importar com o troco etc, é quem deveria se encarregar de fazer esse trabalho e também das antenas do troleibus, lembram-se?
Acreditamos que a coisa está igual a uma história que ouvi quando jovem, sobre um soldado que ficava ao lado de um banco no quartel lá no estado do Amazonas. Um militar de alta patente em dia de visita viu um soldado ao lado de uma banco e perguntou para o oficial maior, de que se tratava? A resposta foi lacônica. "Temos este posto ocupado por um soldado desde que num tempo passado, quando recebermos a visita de um adido militar francês em nosso quartel, o responsável pelo setor que havia mandado pintar todos os bancos de branco e por não ter tido tempo de secar, colocou um recruta ao lado do banco para avisar que a tinta era fresca". Desde então, é norma ter um soldado ao lado de cada banco na entrada, nas ocasiões onde recebemos a visita de militares de alta patente, finaliza o militar inquerido.
No caso em pauta, os cobradores não fazem esse serviço e pronto. Lá vai o motorista fazer, já que a primeira palavra do usuário é: "Motorista, abra a porta". Se é ele quem abre a porta, ele então que faça a parte de entrada e saída do cadeirante. Simples assim.

Devemos evoluir mais na prestação de serviços

Nas viagens diárias dos ônibus notamos que precisamos evoluir muito. Ninguém se preocupa em melhorar os serviços. Ninguém também não exige melhoras. Reclamações são poucas e nem chegam aos órgãos normativos ou agências reguladoras, e estas por outro lado, não estão preocupadas com esse tipo de serviço. Respondem na defensiva: – Quem mandou não chamar pelo Atende*?
Aqui chegamos ao ponto de imaginar alguns funcionários dizendo: – Quem mandou ser aleijado, deficiente físico ou coisa que o valha? É o fim do mundo. De novo reclamamos a tal falta de treinamento. Cadê o RH, cadê os órgãos disciplinadores? Cadê a sociedade e ativistas da mobilidade? Oi, oi, cadê você? Hi, Hi, Hi.


* O Serviço de Atendimento Especial, ou #Atende, é uma modalidade de transporte gratuito, porta a porta, destinado às pessoas com deficiência física severa, as quais tenham vínculo à cadeira de rodas. Horário do serviço: o Atende funciona das 7h às 20h, de segunda-feira a domingo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Blitz do Vital - Nossos condutores são os melhores? Parte 2

Colaboradores sem uniforme, sem crachás, cobradores despreparados, mau humorados e distraídos com o celular, etc.
Nossa blitz nos ônibus está sempre atrás de novidades, mesmo aos olhos mais acostumados às viagens diárias. Já abordamos em alguns posts, mas sempre é bom relembrar ou mostrar aos novos leitores as nossas observações nessas blitze. 
Muitos perguntam, por que o maior enfoque nos ônibus? É porque os usuários, os passageiros envolvidos tem um maior relacionamento com os condutores, os motoristas e os cobradores. Já nos trens, a relação dessa interatividade é quase que nula. Não há comunicação entre os condutores e passageiros,  já que os paradas são programadas nas estações, tenha quem sair ou não e ou tenha quem vá embarcar ou não. E dessa situação de envolvimento mais direto, acabam nos oferecendo maiores subsídios. Há casos de relatos surpreendentes. E é justamente sobre esses condutores dos ônibus que iremos discorrer nesse post. 

Limpeza acima de tudo
Muitas pessoas diriam que o ambiente corporativo deve ser bem organizado e isso é importante a partir do front, quando os colaboradores que tem contato direto com o público são notados. Quem é que não gostaria de encontrar um ônibus higienicamente bem limpo, desinfetado e cheirando novo, cuidado que é mantido nos trens do Metrô. Mas, muitas empresas de viação, não fazem isso. Os ônibus vivem imundos, sujos e muitas vezes como relatamos, com vômitos nos assentos, pichações e outros descuidos. É claro que muita coisa tem a ver com a educação dos usuários. Outros nem tanto, passar mal, ter distúrbios intestinais é inerente da vontade das pessoas, mas a limpeza é necessária de forma imediata. Outra coisa é a aparência dos funcionários. Bem penteados, bem barbados, bem vestidos com uniformes e etc. Só que não! Estamos vendo muitos colaboradores sem o uniforme, descuido com a aparência visual. Barba por fazer e cabelos sem pentear. Muitas vezes sem ficar atentos ao trabalho, uns cobradores tiram uma soneca na viagem, isso quando os usuários especiais ou quem paga em espécie não os acordam para validar a passagem na catraca. Mas o que nos choca é a falta da exigência do uso do uniforme. Isso é o mínimo que devemos exigir.

Mau humor dos cobradores

Em um dos posts publicados recentemente, comentamos que é necessário treinamentos aos cobradores e que esses exerçam o direito de pedir aos que ocupam o assento preferencial quando ocupados por pessoas sem o enquadramento de idosos, gestantes e deficientes. Pois bem, além de não haver esse tipo de capacitação, não há regras para a postura desse profissional. A desatenção é grande principalmente quando se está usando o celular ligado nas redes sociais ou nas mensagens online. Tudo pode acontecer ao lado da pessoa que não vê o que se passa em sua volta. Às vezes, fica tão mau humorado que passa a ser agressivo e desconta nos passageiros. 
Presenciamos uma cobradora da linha Lapa/Pça. Ramos - n. 8000 ônibus de numeração 12.969 da Viação Sta. Brígida, no horário das 11:03 horas, que destratou uma gestante que não poderia passar através da catraca, que havia solicitado ajuda da cobradora para girar a catraca e sair pela porta da frente. Resultado: a passageira registrou a reclamação fotografando a pessoa e anotou o telefone para as devidas queixas aos órgãos reguladores do transporte municipal da cidade de S. Paulo. Nós do Instituto Vital apoiamos a atitude da passageira. Assistimos o ocorrido e hipotecamos solidariedade.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Blitz do Vital. Vai um respeito aí? Parte 1

"Tô nem aí"
Pessoas que se fingem de mortos, que sempre estão com sono, que ficam ouvindo música pelo head-phone, sonsos, mal-educados, gente inescrupulosa, sem educação, folgada, insensível, sinônimos que não são poucos para demonstrar apenas uma coisa, FALTA DE CIVILIDADE.
As leis no Brasil são desrespeitadas e deturpadas diariamente. Ou por esquivas de interpretações jurídicas, fruto de manobras de advogados brilhantes a serviço do ilícito, ou cometidas simplesmente pelos maus cidadãos, que em sua maioria dos atos, nos deixam estupefatos com tamanha cara de pau ou às vezes, crueldade. Hoje as instituições como da boa educação, da gentileza, não existem mais. Basta olhar para a saída do elevador que ao se abrir, os que estão para sair são empurrados de volta para dentro, pois os que querem entrar não esperam pacientemente a saída das pessoas e ingressar após o elevador estar devidamente vazio. Porta de ônibus, de metrô, as portas automáticas de grandes lojas, enfim os atos da boa educação não existem mais neste mundo concorrido e predador em que vivemos.

Luta árdua

Nós do Instituto Vital, estamos nos deparando com essa guerra sem vencedores que só tem perdedores. Gente que se senta em locais preferenciais e de lá não saem por nada. Até nos desrespeitam verbalmente, partindo para ameaças de agressões físicas em muitos casos, quando há interversões de nossa parte. Em casos de viagens fora do pico, ainda temos menos registros de atritos quando partirmos para o convencimento da cessão do lugar aos mais necessitados em sua maioria idosos e mães com crianças. Apenas a figura da mulher gestante com a gravidez bem adiantada, ou seja, com aquele enorme barrigão, consegue sensibilizar o mais duro ocupante indevido do assento preferencial e muitas vezes assentos normais são oferecidos. É o milagre da multiplicação que atinge ao usuário mais insensível e radical, quer no horário normal e ou de pico com lotação máxima total.

Lei no. 10.048, de 08/Nov/2000

Dentre outros parágrafos, destaca-se: Art. 3o. – As empresas públicas de transporte e as concessionárias de transporte coletivo reservarão assentos, devidamente identificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas portadoras de deficiência e pessoas acompanhadas por crianças de colo.
Vale a pena lembrar sempre, que o direito dos idosos em sentar-se nos locais indicados visualmente, quer nos ônibus, trens e outros locais de acesso público é determinado por lei federal expressa. Ora então, os que zelam para o bom andamento e cumprimento da lei, o façam de maneira veemente. As empresas de transportes coletivos precisam elegerem e capacitarem os zeladores (motoristas e cobradores) dos direitos e que se faça cumprir a lei. Com a palavra as autoridades municipais, estaduais e federais, órgãos e entidades que regem as normas dos transportes público. A SPTrans e empresários de viações de transportes com concessões, devem entender que a civilidade deve prevalecer. 

O nosso Instituto Vital exige que se cumpram as leis.

Um exemplo a ser seguido. Numa de nossas blitze, visitamos o estacionamento do shopping Anália Franco, no bairro de mesmo nome, região da zona leste de S. Paulo. Era uma blitz num dia comum, sábado de manhã, ocasião propicia, pois nos finais de semana o afluxo de pessoas é maior nesse tipo de comércio, portanto o abuso é maior. Uma ação eficaz por parte da direção deste shopping fez a diferença. Como temos observado, nem todos os locais de estacionamento amplo tem esse cuidado.
É parte de uma proposta do Instituto Vital do Bem Estar da Terceira Idade, um projeto com atuação de voluntários para coibir os abusos nas vagas de estacionamentos, onde a pessoa sem a característica exigida pela lei, ocupe indevidamente o espaço reservado. Pois então, além de sinalização clara, colocaram um fiscal para que o local fosse mantido sob observação do cumprimento da lei. Parabéns. Lei boa é aquela que vinga, mas a lei que é permanentemente violada precisa de autoridades que a façam ser respeitada. É assim que se faz. Com o rigor ou com a adesão, se não for na base da educação, vai na base da ação forte e rigorosa.


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Quando a esmola é boa, o santo desconfia

Hoje publicarei uma experiência nada agradável que vivi numa viagem de ônibus. Viagem esta que pensei muito em relatá-la. O assunto é surpreende e tem um final... bem deixa pra lá. Vamos a narrativa. Mais uma vez, por força do hábito e dever de ofício, lá fui eu pegar o ônibus e observar, como membro do Instituto Vital, se o Estatuto do Idoso está sendo respeitado. Afinal os lugares destinados aos preferenciais continuam sendo aviltados e diariamente verificamos que o respeito a esse direito vem sendo motivo de abusos por parte de irresponsáveis, mal-educados, falta de civilidade e pessoas inescrupulosas. É raro ver ou ouvir uma pessoa oferecer ou pedir para que algum idoso possa sentar-se no local reservado. Ouvir de um pedido do cobrador então, é coisa quase que impossível. 
Um dos desmandos que não podemos evitar. A pichação

A viagem escatológica
Porém num dia desses ao entrar no ônibus bi-articulado, por força do horário de pico, a empresa coloca às vezes um coletivo bem maior na capacidade de acomodar mais passageiros. Procuro sentar-me num desses lugares normais, deixando o local preferencial livre para os de direito se ocuparem dele. Sentei-me no meio do veículo, antes da sanfona (junção das duas partes do ônibus), onde o espaço é disputadíssimo, pois é a parte mais larga e justamente as pessoas se encostam nas ranhuras da tal sanfona. Ao longe via perfeitamente como estava a ocupação na parte final do veículo. Estava justamente sentado na assento que fica invertido, ou seja, sentido de costas para o motorista, dai a visão para o fundão. De lá via-se perfeitamente os quatro assentos preferenciais destinados aos idosos, gestantes, mães com criança de colo e deficientes. Duas para cada lado. Pois então. A minha frente os dois assentos da minha direita ocupados. Do outro lado, a esquerda, permanecia vazio. Pensei de longe, as pessoas que permaneciam de pé eram todas jovens e que maravilha, EDUCADOS! Destinavam os assentos aos de direito. E segue o ônibus, pára num ponto, sobe e desce normal dos passageiros, e o lugar permanecia desocupado. No meio da viagem com o ônibus abarrotado, gente se espremendo na tal sanfona. Corredores cheios. E os dois lugares vazios. Santa misericórdia, que gente civilizada. O Instituto Vital não vai ter muito trabalho, esse pessoal é muito respeitoso. 

Chegada triunfal da menina 

Quase no meio do caminho, parada no ponto da avenida Matarazzo, próximo do shopping Bourbon e do Estádio Allianz Parque, do glorioso clube da Sociedade Esportiva Palmeiras, sobe uma moça bem gordinha e com o celular ligado por fios presos ao ouvido, cheia de bolsas a tiracolo, vai pro fundo do ônibus e pasmem, senta-se naquele reservado para os preferenciais. De repente aos brados, volta-se no sentido contrário e vindo ao encontro de onde eu estava sentado, bradando: – Vômito, vômito, vômito, que nojo!!! 
Não sei bem para quem ela dizia tudo aquilo. Para nós passageiros, para o motorista e cobrador, para o interlocutor com quem falava ao telefone?
Foi uma loucura para os que estavam do lado oposto daquele lugar. Pois os que lá passaram, ao ver a sujeira, saiam de fininho e permaneciam por lá de pé e calados. O lugar então ficava vazio e eu sem a menor noção, ficava elucubrando com as minhas teses sociais e defesa dos direitos dos idosos, dizendo que povo civilizado. Qual nada. Lembrei-me do dito popular antigo. "Quando a esmola é boa, o santo desconfia". 

Ô você das empresas de ônibus, higienização e limpeza nos ônibus é OBRIGAÇÃO DIÁRIA, não somos escória e nem porcos. Já chega o desrespeito aos idosos, e isso é desrespeito aos cidadãos. Vamos melhorar!

sábado, 17 de janeiro de 2015

Je suis Estatuto do Idoso, apliquem a lei, pô!

O busão, o cobrador e o avestruz.
Nunca pensei que poderia escrever sobre isto. Quem olhar o título vai pensar do que se trata? O cara pirou na maionese. Pois bem! Vamos aos fatos.
Como sabem, fundei o Instituto Vital do Bem Estar da Terceira Idade/Anjos da 3a. Idade há menos de um ano. O que me levou a percorrer esse caminho foram muitas razões, pois busquei sempre me engajar no serviço social, por humanidade, solidariedade e mais uns outros que tais. Confesso que fui muito ingênuo em ter uma visão periférica sobre o tema. Peguei o Estatuto do Idoso, e disse: – Vamos lutar pelos seus direitos, já que estava escrito na lei, cumpra-se a lei. Ledo engano. Leis em nosso país foram feitas para serem desrespeitadas, burladas, travadas, proteladas, inviabilizadas, etc. De uma lado os advogados altamente bem remunerados e com as suas equipes trabalhando para anular as punições e ou penas aos seus clientes. Mas existe uma outra questão muito forte nesse angu. A educação. A civilidade, o respeito, comportamentos alterados pela ignorância das pessoas. Além disso, não há o zelo pelo exercício simples da aplicação da lei. Ai que entra o que senti na pele e foi a razão do nosso título. E mais ainda, por que o avestruz? Por que esse animal foi lembrado justamente com os ônibus (busão), motoristas e cobradores? Simplesmente pelo fato de algo importantíssimo não ter sido aplicado. Vamos a ele.

Treinamento

Treinamento aos funcionários das empresas de ônibus. É notório a falta de capacitação aos colaboradores das empresas de viação. Algo que nunca passou pelo grifo dos dirigentes e empresários do setor e muito menos aos órgãos reguladores e autoridades dos governos, que nunca fizeram valer a sua aplicação. Uma verdadeira música do crioulo doido. Ninguém quer saber, é o jogo do empurra-empurra, seja o que Deus dará. Pega seu boné e vá para o seu posto, trabalhe e pronto. Simples assim? Muitas vezes sem um uniforme sequer. Só que não.

"Tô nem aí!"

É sabido que os ônibus possuem sinalização em destaque para os assentos preferenciais. Idosos, mães gestantes e com crianças de colo, os cadeirantes e deficientes, que possuem esse direito, regulados por lei. Os assentos são visualmente diferentes e possuem identificação visual bem definida. 
É a lei que os ampara. É a lei que deve imperar. E os funcionários condutores daquele veículo são os responsáveis em fazer valer este direito, fazendo a lei ser respeitada. Basta avisar o cidadão desatento que ocupa o lugar reservado à preferência e ceder o lugar e pronto. Mas não. Na falta de ação destes mesmos condutores e na falta de educação dos usuários do transporte coletivo, impera a lei de Gerson, aliás a única lei que pegou neste país.

Terra de ninguém.

Sem o império da lei ou sem os mantenedores da aplicação da lei para funcionar, não há respeito. Não há vontade para se aplicar a lei. Aqui no Brasil há aquela máxima, deixe que as coisas se arrumem é mais cômodo, bem mais fácil, pra que arrumar confusão, vai que o cidadão fica revoltado e saca uma arma e pronto está feita a merda. Muitos pensam assim, não é?
Ouço muito. Fulano levou um soco na cara só porque a pessoa olhou torta para ele lá no Metrô ou trem da CPTM. Não é assim, gente. É preciso fazer valer os nossos direitos, se calarmos, a ignorância e a truculência  vence. Não é o que estão dizendo sobre os atentados na França? Se querem calar a imprensa, devemos nos defender e fazer valer o nosso direito. O mesmo raciocínio se aplica aqui. Nada mudou de lugar. Lei é lei. Respeito é respeito. Vamos acreditar, vamos lutar!

Está na hora de agir e capacitar.

Os motoristas e cobradores de ônibus devem ter o mesmo poder de autoridade que os comandantes aeronautas tem sobre o avião em que estão operando. É de conhecimento público o poder de autoridade que o comandante tem na aeronave. A palavra final é do comandante, que afinal comanda, ou seja, manda. O mesmo poder o capitão de um navio também possui. Esse mesmo direito deve ser estabelecido e dado aos condutores dos ônibus. O poder de autoridade. Mas para isso devemos treiná-los, informá-los da lei, dos direitos estabelecidos nos Estatutos. Os empresários das viações concessionárias e as autoridades municipais, estaduais e federais, políticos e legisladores, devem aplicar a obrigatoriedade de se fazer os cursos de treinamento e capacitação a todos os funcionários, através das áreas de Recursos Humanos, e assim, os funcionários cientes de seus deveres e obrigações, farão valer a lei em cada veículo nesta cidade. Os idosos, as mães gestantes e os deficientes, agradecerão de coração o que foi dado a eles por lei e que nós os cidadãos do bem fizemos para valer esses direitos. O Instituto Vital se oferece em colaborar e ajudar nessa implementação dos cursos. 

E o avestruz? 

Por que ele não foi lembrado ou citado nesse artigo? Ah, o avestruz se escondeu, enfiando a cabeça no buraco fingindo que nada sabia sobre esse assunto que abordamos. Digo isso porque vejo quase sempre os cobradores fingindo de mortos e virando as costas ou se utilizando de aparelhos celulares para não ter que pedir aos usuários dos assentos preferenciais que cedam o lugar aos idosos, menores especiais, grávidas e mães com crianças de colo. Lamentável, senhores. Tristemente lamentável.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Filas em lotéricas e lojas em liquidação. Aqui os idosos não são prioridade.

Janeiro primeiro mês de 2015. Será que as coisas irão mudar como diz a esperança?
Janeiro, mês tranquilo nas ruas, porém mês de despesas que nos deixam loucos. Matrículas, material escolar, IPVA, DPVAT, IPTU, cartões de crédito cobrando as contas efetuadas em dezembro, presentes de Natal, despesas das compras para as festas, viagens, férias, etc... Mas janeiro continua na mesma. 
Por ser férias, as ruas estão mais tranquilas, digo o trânsito está mais tranquilo. Os assentos nos ônibus e trens estão mais vagos. Talvez por isso não há tanto desrespeito nos assentos preferenciais, eventualmente nestes dias de chuvas e enchentes, implantou-se o caos, por por algumas horas apenas, mas na média geral está tranquilo. 
Mas que janeiro é este? Um mês conhecido como o mais cruel com a nossa economia familiar. Famílias ficam com a faca no pescoço. Conta no vermelho, o cheque especial já começa mostrar a trilha trágica da degola sem fim. No entanto, sendo janeiro o mês fatídico, me deparo com uma fila interminável para se fazer compras! É isso mesmo. Um fila sem fim! Um povo desembestado, feroz e sem controle indo às compras da liquidação do Magazine Luiza. Não acredito! Paro em frente, procuro, por força do hábito, a preferência para os idosos, gestantes e cadeirantes. Não encontro e acabo constatando que é uma fila só, salve-se quem puder, que se arrume, passe por cima, vem segurança tentar por ordem na situação, mas a força e a falta de educação impera. Uma verdadeira loucura neste mês de janeiro. Aquele justamente que é o mês do acerto das contas. 

Está sobrando grana?

Será que sobrou algum dinheiro ainda? Parece que sim! Lá se vão os "consumidores" espertos e mau-educados. 

Do outro lado da rua me deparo com outra fila. Ah, essa é menos insana do que a outra. Essa é dos que apostam na sorte. Será que ganharão a mega-sena acumulada? Uma triste sina do brasileiro. Acreditar na sorte para sair dos problemas que trazem consigo a vida toda. O brasileiro é acima de tudo um otimista, acredita que um dia sairá do buraco. A Jogobrás (governo) vive disso, afinal todo santo dia tem um jogo para apostar e por consequência para se arriscar na fé dos números e acreditar que vem a salvação da lavoura. 

O Bingo não acabou?

Bingo, acerto dos seis números mágicos. A quina serve, dizem. Poucos ganham, a maioria segue a triste realidade da vida cotidiana. Vem depois a frustração, a choradeira e a espera para outros jogos da semana, do mês que acaba, do mês que começa e a vida que continua. E ainda estamos nos primeiros 12 dias do mês de janeiro. 
Artigo de Jorge Salim, diretor presidente do Instituto Vital.