segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Filas em lotéricas e lojas em liquidação. Aqui os idosos não são prioridade.

Janeiro primeiro mês de 2015. Será que as coisas irão mudar como diz a esperança?
Janeiro, mês tranquilo nas ruas, porém mês de despesas que nos deixam loucos. Matrículas, material escolar, IPVA, DPVAT, IPTU, cartões de crédito cobrando as contas efetuadas em dezembro, presentes de Natal, despesas das compras para as festas, viagens, férias, etc... Mas janeiro continua na mesma. 
Por ser férias, as ruas estão mais tranquilas, digo o trânsito está mais tranquilo. Os assentos nos ônibus e trens estão mais vagos. Talvez por isso não há tanto desrespeito nos assentos preferenciais, eventualmente nestes dias de chuvas e enchentes, implantou-se o caos, por por algumas horas apenas, mas na média geral está tranquilo. 
Mas que janeiro é este? Um mês conhecido como o mais cruel com a nossa economia familiar. Famílias ficam com a faca no pescoço. Conta no vermelho, o cheque especial já começa mostrar a trilha trágica da degola sem fim. No entanto, sendo janeiro o mês fatídico, me deparo com uma fila interminável para se fazer compras! É isso mesmo. Um fila sem fim! Um povo desembestado, feroz e sem controle indo às compras da liquidação do Magazine Luiza. Não acredito! Paro em frente, procuro, por força do hábito, a preferência para os idosos, gestantes e cadeirantes. Não encontro e acabo constatando que é uma fila só, salve-se quem puder, que se arrume, passe por cima, vem segurança tentar por ordem na situação, mas a força e a falta de educação impera. Uma verdadeira loucura neste mês de janeiro. Aquele justamente que é o mês do acerto das contas. 

Está sobrando grana?

Será que sobrou algum dinheiro ainda? Parece que sim! Lá se vão os "consumidores" espertos e mau-educados. 

Do outro lado da rua me deparo com outra fila. Ah, essa é menos insana do que a outra. Essa é dos que apostam na sorte. Será que ganharão a mega-sena acumulada? Uma triste sina do brasileiro. Acreditar na sorte para sair dos problemas que trazem consigo a vida toda. O brasileiro é acima de tudo um otimista, acredita que um dia sairá do buraco. A Jogobrás (governo) vive disso, afinal todo santo dia tem um jogo para apostar e por consequência para se arriscar na fé dos números e acreditar que vem a salvação da lavoura. 

O Bingo não acabou?

Bingo, acerto dos seis números mágicos. A quina serve, dizem. Poucos ganham, a maioria segue a triste realidade da vida cotidiana. Vem depois a frustração, a choradeira e a espera para outros jogos da semana, do mês que acaba, do mês que começa e a vida que continua. E ainda estamos nos primeiros 12 dias do mês de janeiro. 
Artigo de Jorge Salim, diretor presidente do Instituto Vital.

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