quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Dr. House onde está você?

Quando pequeno em Rio Preto aprendi com o meu falecido pai a ouvir algumas palavras e frases esquisitas, às vezes desconexas, como por exemplo, "fulano deu uma de João sem braço". Menino pequeno, não entendia nada, apenas ouvia. João sem braço? Coitado, aleijado, deficiente físico? Como será que ele perdeu o braço? Atropelado, esfaqueado, mutilado? Qual nada, mais tarde acabei sabendo que era uma expressão popular de alguém que deu um golpe noutra pessoa, num comércio, numa loja, se fez de sonso, dissimulado, enfim, deu uma de migué. Levou e não pagou. Procurando algumas definições puras: 
1) Pessoa preguiçosa, desentendida, que se faz passar por boba. 
2) Personagem do imaginário popular que se refere a uma pessoa que finge não entender o que esta acontecendo para tirar vantagem da situação. 
3) Diz-se a pessoa que finge que não sabe de algo para seu bem próprio, como fugir de uma confusão ou não fazer algo que lhe foi imposto, etc.
4) Malandro, desentendido. 

Viram só? Quantas definições. Pois é, hoje como de costume, subi no ônibus e segui para o centro da cidade. Pego o ônibus na saída do Terminal da Lapa. Por força do hábito fico observando os idosos, ora para relatar nas Blitz do Instituto Vital do Bem Estar da 3a. Idade sobre o desrespeito do uso inadequado do assento preferencial por parte de pessoas normais, ora para justamente adquirir mais experiências no dia-a-dia dos idosos nos transportes coletivos urbanos da cidade de S. Paulo, observando-os. 
E no ensejo destas observações anoto diariamente todo tipo de atitude. São pessoas idosas que provocam um papo, falam da vida, falam do cotidiano e por aí vai. 
Hoje uma senhorinha de cabelos bem brancos, rugas marcantes no rosto, bem arrumada, sentou-se no banco atrás do motorista e lhe mostrou o RG (cédula de identidade). Dizia: – Tenho 84 anos bem vividos, nasci e me criei aqui na Lapa, vivo e moro perto da Praça Cornélia, é lá que irei descer. 
São aproximadamente cinco ou seis quadras do ponto inicial. E a velha senhora, continua:
– Nunca bebi, nunca fumei por isso estou forte. Me poupei e agora colho os frutos, possuo uma saúde de ferro. Do outro lado do assento, também na frente da cabine, estava sentado um senhor de cor parda e cabelos brancos, lembrando o pai Tomás. Só ouvia o papo da senhorinha. O motorista querendo ser simpático disse que aquela cópia em miniatura da carteira de identidade só podia ser de São Paulo, pois se fosse maior seria de Itu, comparando com a mania de tudo ser grande em Itu. A senhora não entendeu e ficou se explicando ao motorista que havia sido assaltada e que para se garantir só iria sair com a cópia do original, que deixou em casa. Todos sorriram no ônibus. Chegou ao ponto e ela desceu, desejando um bom trabalho a todos com a proteção de Deus. Agradecemos. E o ônibus seguiu em frente. Mais umas seis paradas, no ponto do Parque da Água Branca, desce o nosso velhinho de cabeça branca. Não tinha reparado quando ele entrou no ônibus, pois portava uma bengala. 





































Saiu devagar e após firmar o pé na calçada, recolheu a bengala. Um verdadeiro 171, aquele que o meu pai, se vivo fosse, diria: 
– Este velho aí deu o golpe do João sem braço. Eu diria que ele não é um velho, diria sim que é um verdadeiro velhaco. Ah, se dr. House estivesse ali, o que ele faria?

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Projetos de Ações do Instituto Vital. Conheça o nosso Programa.

Uma estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que as pessoas idosas irão representar 27% da população brasileira em 2040. Diante desses e de outros dados, torna-se evidente a necessidade de uma atenção mais dirigida a este público. No Brasil, existem diversas iniciativas que zelam pelos direitos e pelo respeito às pessoas acima dos 60 anos. 
Uma delas é a INVIBES da 3a. IDADE ou se você preferir, Instituto Vital do Bem Estar da 3a. Idade, ou simplesmente Vital. Fundado em 01 de outubro de 2014, propositadamente no Dia Internacional do Idoso, iremos buscar a defesa intransigente dos direitos dos idosos nos transportes coletivos urbanos da cidade de S. Paulo e intermunicipais, nos trens do Metrô e CPTM, nas vagas exclusivas em shoppings, supermercados e lojas, em filas de bancos, balcões de serviços, salas de espetáculos, cinemas e teatros. Será nosso dever seguir os seguintes princípios. 
1. Missão:
Frequentar ambientes públicos e nos transportes (ônibus, trens metropolitanos, Metrô) de pessoas na melhor fase da vida. 
Oferecer treinamento e orientação às famílias, grupos de pessoas interessadas, empresas, escolas, condomínios, entidades, assegurando a excelência no processo de zelar pelos direitos fundamentais dos idosos.
2. Visão: 
Ser uma empresa reconhecida como centro de estudos, auxiliar na fiscalização do respeito das prioridades e direitos dos idosos, mantendo a dignidade e respeito aos mais velhos.
3. Valores:
Posicionamento ético e coerente na prestação de serviço proposto no regime estatutário;
Satisfação e comprometimento com as equipes executoras e fiscalizadoras;
Investir no amor e dedicação para um mundo melhor.
O instituto terá várias frentes de atuação. 
1. Interno com agendamentos de palestras e acordos juntos aos meios de transportes coletivos, trens urbanos, Metrô e ônibus através de seus representantes oficiais e agências normalizadoras.
2. A parte de ação voluntária e com participação em campo. Um verdadeiro exército de estagiários e voluntários nos shoppings, logradouros públicos e nos meios de transportes coletivos que serão os guardiães dos direitos dos idosos. 
3. Última parte com atuação junto às esferas governamentais e políticas em todos os âmbitos, municipais, estaduais no início e mais tarde, após o período legal, a esfera federal.
Já estamos com vários projetos finalizados e prontos para serem colocados em prática, bastando receber as verbas destinadas a cada um para se tornarem realidade.
1. Busão do Vital – ônibus para atender a população idosa nas linhas normais, porém em horários determinados, sendo utilizado como ônibus-escola, fazendo com que os motoristas e cobradores das viações, usem esse canal para treinamento e ao mesmo tempo servindo aos idosos.
2. Blitz RT do Vital – Pesquisa de campo nos transportes coletivos, ônibus e trens do Metrô e CPTM. Relatos das observações e material que servirá para ser analisado e encaminhado às autoridades de direito.
3. Mascotes Educacionais – Vovô Vital e vovó Vitalina, bonecos que farão ações lúdicas "in loco" nos transportes coletivos para "educarem" ou se fazerem respeitar quanto ao uso abusivo dos assentos preferenciais, ocupados indevidamente por usuários sem educação ou que não aceitam os avisos e determinações da lei do Estatuto do Idoso. Também farão parte das capacitações que faremos em escolas, empresas e condomínios.
4. Voluntários da ação "Obrigado pela Preferência" – equipe de voluntários, devidamente uniformizados e identificados, farão ações de orientações, distribuindo volantes (folders) e encaminhando os idosos aos seus locais destinados, após o convencimento junto ao pessoal que ocupava o local de maneira indevida e desrespeitosa.
5. Véi app®Desenvolvimento de aplicativo para smart-phones que enviarão em tempo real (online) o registro de abuso dos assentos e vagas preferenciais à nossa Central e assim tomaremos as devidas providências junto aos administradores dos locais em litígio.
6. PERSONA VITAL – Destaque dos empresários (acima dos 60 anos) que nos ajudam, que são os nossos apoiadores. A eles entregaremos a medalha e diploma de PERSONA VITAL. E em ocasião específica, faremos a eleição do Persona Vital do Ano. Este sim, receberá a honraria e será homenageado em cerimônia anual que realizaremos. 
Estas são as jóias do Instituto Vital, porém temos outros projetos menores que buscam proporcionar a valorização do idoso. Temos em nosso planejamento várias propostas em desenvolvimento e estudos de viabilidade, porém faremos primeiramente as seis (06) já descritas. 
Finalmente informamos que as atividades do Instituto Vital serão em local definido para breve, pois estamos em tratativas para o espaço, onde receberemos os voluntários para os devidos treinamentos e capacitações, reuniões com as entidades, autoridades e amigos dos idosos. 

Muito obrigado.

Jorge L. Salim, gestor responsável do INVIBES DA 3a. IDADE®

sábado, 25 de outubro de 2014

Programa de Gestão para 2014/2015

Aguardem para a próxima semana o nosso Programa de Gestão do Instituto Vital. Serão seis pontos que consideramos como as jóias do Vital. Lá estabeleceremos o nosso compromisso de defender os direitos dos idosos, através de ações onde a capacitação, treinamento, inovação, diferenciais e engajamento, farão com que todos fiquem atentos ao respeito dos direitos estabelecidos no Estatuto do Idoso, leis municipais, estaduais e federais. Não ficaremos parados, haveremos de ser defensores intransigentes na causa maior. Os nossos idosos merecem RESPEITO. É claro que faremos de maneira didática e tentaremos levar os envolvidos a aderirem de forma voluntária e pacífica. O caminho será a EDUCAÇÃO, através de ações cidadãs, lúdicas, alegres e compartilhadas. Portanto, na semana que vem você conhecerá as nossas intenções e projetos. Até lá.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Deu overbooking no busão da meio dia.

Horário de pico, deu overbooking no ônibus!
Overbooking é estouro de vendas, acima de lugares disponíveis, “reservar ou vender mais lugares ou ingressos que a capacidade permite”, termo em inglês muito utilizado em aviação, nas vendas de assentos para os voos. Mas para quem está habituado ao turismo, brinca com a expressão quando encontra um lugar super lotado. Quer em restaurantes, quer nos cinemas, lugares públicos, enfim. Neste caso, que relatamos hoje, fomos em horário diferente dos usuais, quando fazemos Blitz do Vital programadas em ônibus. Por outras razões, hoje fomos na linha 8000 da Viação Santa Brígida, saindo do Terminal da Lapa. Não era para fazer a nossa tradicional Blitz, porém os fatos foram muito relevantes, e resolvemos publicar. Começamos pela fila. Contamos mais de 40 pessoas à espera da chegada do coletivo. Provavelmente, forçado pela escala do almoço, tinham muitos veículos parados, porém sem os motoristas e cobradores. No totem o aviso: Praça Ramos de Azevedo, saída confirmada 12:02 h. 
Numa manobra rápida, o supervisor pede que um ônibus recém chegado, que estacione à frente dos demais. Veio de marcha-ré. Parou e abriu a porta de acesso. Rapidamente, alguns idosos tomam a frente do ônibus, há 11 assentos entre preferenciais e normais, lota-se tudo e outros ainda permanecem de pé. Passamos pela catraca, também existem oito (08) assentos preferenciais. Mas muitos idosos não passam pela catraca. Não querem pagar ou não possuem o Cartão Especial do Idoso. 

Resultado: overbooking na entrada e frente do coletivo. Sai o ônibus e vamos em frente. No primeiro ponto de parada, não desce nenhum e ainda sobem mais três pessoas, caos na cabine. Aperto daqui e dali, pedidos de licença, passando alguns pela catraca e seguimos para a próxima parada. Notamos um fenômeno que por certo, será motivo de pesquisa. Os pontos próximos de supermercados são os que mais os idosos se utilizam, quer para descer ou quer para subir, neste caso com uma bagagem extra, algumas sacolas de compras. Mais um problema para ser resolvido, pois convenhamos, ficar de pé, para pessoas idosas já é um transtorno, e segurar os pacotes ou sacolas, é mais ainda. A cada freada ou parada brusca, lá vai o nosso idoso para frente e para trás, um perigo constante. Seria interessante pensar-se em bagageiros no alto das laterais ou ganchos para deixarem as sacolas penduradas, como antigamente nos bondes. Bom assunto para se estudar futuramente. Por coincidência ou não, nesta linha temos dois hipermercados da rede Sonda, e nos pontos de embarque e desembarque próximos, temos muitos clientes que acessam os ônibus com três ou mais sacolas, com as mãos trêmulas e ainda se segurando à uma bengala, vemos uma situação muito crítica para os nossos velhinhos. Ah, outra coisa que está alarmante, são os idosos que saem e entram sem passar pela catraca se identificando como idosos, não apresentando nem a carteira de identidade e nem o Cartão Especial do Idoso. Deixando por conta da boa vontade do motorista e cobrador. Cremos que os empresários, proprietários das viações irão criar maneiras de controle, pois somente a passagem pela catraca é cobrada e a tarifa é subvencionada pela Prefeitura. Fica aqui o alerta, pois se houver um controle maior, alguns idosos poderão ficar sem o famoso busão de graça.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Relatório final da Blitz RT de 14/out/14.

Blitz RT do Vital.
Dia 14/out/14 - 
11:00 – Saída do terminal Lapa, ônibus da linha 8000. 


Destino Praça Ramos, na verdade parada na rua Xavier de Toledo, quase próxima da rua 7 de Abril, aproximadamente uma quadra da Praça Ramos, Teatro Municipal de S. Paulo.

Iniciamos o relato sem novidades e nenhuma ocorrência. Ônibus com poucos passageiros, quase nenhum assento preferencial ocupado na frente da cabine, antes da passagem da catraca. Parada no primeiro ponto, subida de uma criança especial (síndrome de Down) acompanhado da mãe. A lei faculta ao portador da síndrome de Down ter um acompanhante que não paga, juntamente com ele.
Durante o percurso nada de estranho, até parecia que ninguém queria usar aquele ônibus. Registramos duas ocorrências anormais nesse percurso. Primeiro, quando o ônibus passava no desnível (túnel) no final da avenida Francisco Matarazzo e início dos baixos do Minhocão, ficando numa tremenda escuridão, o motorista não acende as luzes internas, sabemos que, são poucos segundos, cerca de 25, mas se alguém se levantar e o coletivo for fechado ou tiver que frear bruscamente, alguém poderá se machucar. Fica o registro negativo, informaremos a empresa de ônibus. Mais em seguida, registramos o segundo fato. Um ciclista estava na faixa exclusiva dos ônibus. Após uma buzinada e gritos com a porta do coletivo aberta, o motorista se estressou com o ciclista, discutiram quem tinha ou não razão. [ Fomos ver na lei e encontramos o seguinte: NÃO HÁ LEI NORMATIZANDO, porém existem discussões tipo: – Com relação às faixas de ônibus, o ciclista pode utilizá-las legalmente? O secretário (de Transportes de São Paulo), Jilmar Tatto já deu declarações sobre isso onde ele ressalta que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz para o ciclista usar a faixa da direita. Um dos critérios para desenvolver uma rede cicloviária é a velocidade, é ela que vai dizer o nível de segregação que se tem que fazer. Hoje as faixas estão indicadas com limite de 50 km/h. Não há impedimento legal para isso. A menos que haja sinalização de via que diz que a bicicleta não deve circular por ali.] 
Depois, após a parada no próximo ponto para que os passageiros descessem, o ciclista se afastou. 
Caso encerrado, graças a Deus. Chegada ao ponto final, nada de novo ocorreu.

15:30 - Volta, saída da rua Xavier de Toledo. Ônibus bi-articulado, horário em que há muito mais usuários. Também há mais lugares reservados aos assentos preferenciais. Retorno tranquilo. Nada a ser registrado, apenas algumas pessoas desavisadas se utilizando do assento preferencial, porém como não havia usuários com necessidade, o espaço por lei, se torna possível de uso sem restrição. Novamente no mesmo trecho do desnível (túnel), o motorista não acendeu a iluminação interna, deixando o coletivo às escuras.
O que notamos e desta vez já é um número de usuários relativamente grande, é a subida e descida na parte da frente do ônibus, de pessoas que não se identificam junto ao cobradores e motoristas, não apresentando a documentação de maior de 60 anos e saem livremente com a maior cara de pau, se aproveitam do fato de se abrir a porta frontal para a subida de novos passageiros. Se a empresa tiver as filmagens através de câmeras, poderão sofrer advertência pelos gerentes responsáveis que supervisionam os trajetos dos ônibus. 
Por hoje foi este nosso relato da Blitz do Vital. Como resultado final, entendemos que não estão havendo ocorrências de pessoas abusando dos lugares preferenciais destinados aos idosos, gestantes e deficientes físicos. Saldo positivo. Até a próxima, #amigosdosidosos.

sábado, 11 de outubro de 2014

Dia das Crianças. Reproduzimos uma história humana, onde a criança é a protagonista.

A tigela de madeira


Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes.

A família comia reunida à mesa.

Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa.

O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. - "Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai", disse o filho. - "Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão."

Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.

Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.

O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio.

Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:

- "O que você está fazendo?"

O menino respondeu docemente:

- "Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer"

O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu-o à mesa da família.

Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.

(Essa história está descrita nos contos populares da vida, sua autoria ainda é desconhecida, mas é uma grande lição, apenas me lembrei dela e a reproduzi).

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Personalidades vitais da nossa sociedade receberão homenagens.


PERSONA VITAL será o nome da nossa homenagem e agradecimento, através do diploma aos apoiadores, doadores e destaques de personalidades com mais de sessenta anos, os tais sexagenários. Estamos preparando a confecção das medalhas e um projeto conjunto com o Diário do Turismo, o primeiro diário digital do turismo brasileiro do nosso amigo e jornalista Paulo Von Atzingen. Um primeiro esboço de projeto ao segmento do Turismo esta sendo elaborado. Mas primeiramente os diplomas já serão entregues aos apoiadores de primeira hora. A primeira entrega será feita à empresa Controllo BPO dos nossos grandes amigos Paulo Affonso e Camila Dias Yakel, também conselheiros do Instituto Vital/Anjos da 3a.idade. 
O PERSONA VITAL será entregue aos apoiadores e doadores, mantenedores dessa chama viva de solidariedade que acabamos de fundar em 1o. de outubro de 2014. Personalidades que se destacam em qualquer segmento e que já tenham atingido a barreira sexagenária e tenham contribuído em seu segmento, tendo notável participação, serão homenageados muito brevemente. O primeiro segmento que decidimos homenagear será do Turismo. Pessoas que se destacaram com o empreendedorismo nas áreas de Operações, TI, Turismo de Lazer e Corporativo, Aviação, Marítima, Editorial do Trade, Entidades de classe, Consolidação, Assistência de Viagens (seguro), Comunicações, Gastronomia, Assistência Social e Desenvolvimento Sustentável, Ensino Superior, Pesquisas e Jurídica, serão convidadas e em datas especificas, através de solenidades, receberão as justas e merecidas homenagens. Ainda estaremos finalizando o processo e em breve publicaremos a agenda desse projeto entre o Diário do Turismo e o Instituto Vital.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Vital é mais que um sonho. É uma realidade.

Eu sonhei que tudo estava tão certo.
Noutro dia, por força do dever de ofício, utilizando o que mais gosto nessa vida, a minha CURIOSIDADE, através do meu sentido nato, a OBSERVAÇÃO, acabei registrando nas câmeras dos meus aparelhos eletrônicos, smartphone e tablet, pois vivo com os dois na mochila, fotos de um estacionamento do shopping Bourbon na Barra Funda e de assentos preferenciais nos trens do Metrô e CPTM. Também registrei nos ônibus urbanos, coletivos municipais que me valho para deslocar e fazer as minhas OBSERVAÇÕES, afinal o Instituto Vital foca os direitos sociais dos idosos, justamente nesses pontos críticos, ou seja, no respeito aos lugares destinados para uso específico por parte dos idosos. Pois bem, faço muitos registros, creio que diariamente flagro mais de 100 imagens, umas acabo postando na hora, em tempo real nas redes sociais do Instituto Vital/Anjos da 3a. idade, como denúncias, desrespeitos e/ou até cenas que me surpreendem com atitudes positivas por parte da população. Esse paradoxo é a razão da existência do Vital. E também os projetos que faremos a partir de agora, pois já estamos devidamente estabelecidos e oficialmente já somos uma empresa constituída e por consequência atuaremos mais intensamente nas empresas de ônibus, com os projetos "Obrigado Pela Preferência" e "Busão do Vital". Também estaremos colocando em prática a ação com os nossos voluntários em trens do Metrô e CPTM, juntos com os nossos mascotes 'vovô Vital e vovó Vitalina', procurando de uma forma lúdica, conseguir a adesão das pessoas mais intransigentes que não queiram desocupar voluntariamente os assentos preferenciais, destinados por lei no Estatuto do Idoso, ação esta também denominada de "Obrigado Pela Preferência".
Neste tempo de incubação do Vital®, desde abril passado, preparamos os projetos e iremos colocá-los em prática a partir de agora, após a oficialização de nossa instituição do terceiro setor. 

Mas este assunto é para ser digerido com o passar do tempo. Porém ao avaliar e classificar as fotos, vi algumas que me levaram a um devaneio, quero dizer que chamei de "Eu sonhei que tudo estava tão certo! – e que não era necessário fundarmos o Vital". 

Sim, eu sonhei que tudo funcionava certinho. Cada ônibus que eu entrava, não tinha idoso de pé. Se tivesse alguém no lugar destinado a eles, idosos, as pessoas que lá estavam ocupando o lugar, se levantavam e cediam o espaço e ainda davam um tremendo sorriso. Nos trens, nem se fala. Uma maravilha. Todos os ocupantes jovens estavam de pé. As pessoas idosas, as gestantes, os deficientes, todos! Lá estavam sentadinhos. Uma maravilha. Mais tarde, quando entrei no shopping, lá no estacionamento, uma fileira de espaço dos idosos, vazias! Desocupadas. Seria porque não haviam mais idosos? Qual nada. Era o respeito pelos espaços reservados. Os adultos saudáveis, jovens e esportistas, estavam estacionados em outro local, mais afastados da entrada e elevadores. Tudo funcionando perfeitamente. Então porque razão, fundar o Vital? Não era preciso alertar as pessoas, zelar pelo respeito ao Estatuto do Idoso, que aliás não havia sido promulgado. O Dia Internacional do Idoso, nem passou pela cabeça dos dirigentes da ONU em ter esse dia comemorado mundialmente. As ONGs dos idosos eram desnecessárias, para quê existir? Problemas nos hospitais, não haviam. Os idosos tomavam lítio através da água coletada diretamente nas torneiras. Eram vigorosos, não sofriam nas filas dos bancos, das casas de espetáculos, nos cinemas. Ninguém, mas ninguém reclamava. Tudo funcionava maravilhosamente. Os governos não tinham programas para a terceira idade e nem havia carteirinha especial para não pagar o ingresso nos transportes coletivos. Não era preciso criar o INVIBES da 3a.IDADE®, o nosso Instituto Vital. 
Mais tarde, após um susto, um tremendo barulho de freada de ônibus, seguido de gritos de socorro, gente ensaguentada, idosos caídos, gestantes desesperadas, crianças gritando, carrinhos de rodas virados sem ocupantes... acordei-me. Eu havia sonhado que tudo estava tão certo, certinho demais.