terça-feira, 26 de agosto de 2014

Sempre galã, mas agora ostenta o som do sessenta, quase setenta.

Antônio da Silva Fagundes Filho (Rio de Janeiro, 18 de abril de 1949) é um ator brasileiro, consagrado depois de várias atuações no teatro, cinema e televisão.
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Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, mas mudou com seus pais para São Paulo aos oito anos de idade e morou lá por mais de 30 anos. Descobriu seu dom para o teatro a partir da montagem de peças que fazia no Colégio Rio Branco, onde estudou. Estreou na televisão em 1969, na telenovela Nenhum Homem é Deus, da TV Tupi. Começou na Rede Globo em 1976, na telenovela Saramandaia.

Atuou também, por vários anos, como protagonista da série Carga Pesada, de 1979 a 1981, e em sua segunda versão de 2003 a 2007 como o memorável caminhoneiro Pedro. Além disso, fora cedido pela Rede Globo para participar do seriado Mundo da Lua, da TV Cultura.

Integrou o elenco de inúmeras telenovelas de sucesso na pele de personagens marcantes, tais como: o prefeito Lua Viana de Saramandaia; o mocinho Cacá de Dancin' Days; Osmar de Corpo a Corpo; o mocinho que acabou se tornando corrupto Ivan Meireles de Vale Tudo; o professor gago Caio de Rainha da Sucata; o ambicioso Felipe de O Dono do Mundo; o respeitado coronel Zé Inocêncio de Renascer; o advogado Otávio Jordão de A Viagem; o emblemático fazendeiro Bruno Mezzenga de O Rei do Gado; o apaixonado Atílio Novelli de Por Amor; o barão do café Gumercindo de Terra Nostra; o o oportunista Félix Guerrero de Porto dos Milagres e o italiano Giuliano de Esperança.

Após alguns anos afastado, em 2007 voltara às novelas como o carismático Juvenal Antena, líder da fictícia favela da Portelinha em Duas Caras, de Aguinaldo Silva. Epa, epa, epa. Muita calma nessa hora! Juvenal Antena, na novela ‘Duas caras’. 
Em 2010 protagoniza Tempos Modernos, do horário das 19h como o empresário Leal Cordeiro. No ano seguinte, dá vida ao personagem Raul Brandão de Insensato Coração, tornando antigas parcerias com Gilberto Braga e Dennis Carvalho.

Em 2012 interpreta o autoritário Coronel Ramiro Bastos em Gabriela. Já em 2013, volta ao horário nobre na pele de mais um personagem de destaque, o médico César Khoury, patriarca de uma grande família rica de São Paulo em Amor à Vida e peça-chave da trama.

Em 2014, após a saída precoce do horário nobre da Globo, voltou a atuar em Meu Pedacinho de Chão (2014), interpretando Giácomo.

O ator tem quatro filhos: um deles (Bruno Fagundes), com sua ex-mulher Mara Carvalho; os outros três (Dinah Abujamra Fagundes, Antônio Fagundes Neto e Diana Abujamra Fagundes), frutos de seu casamento de 15 anos com a atriz Clarisse Abujamra.

(Extraído do Wikipédia)

domingo, 24 de agosto de 2014

Impressões de dois dias de mini-Blitz.

Dois dias de mini-Blitz do Vital em ônibus, lojas, bancos, cinemas, estacionamentos e supermercados.
Nesta quinta e sexta-feira, dias 21 e 22 de agosto, fizemos alguns roteiros previamente programados. Utilizamos trens e ônibus em linhas que se cruzam, zona oeste (Lapa, sede do Vital) e as do centro (Avenidas Angélica e Paulista). Como todos já sabem, são rotas de lojas, supermercados, clínicas e hospitais, além de outros pequenos negócios que levam ao um afluxo de pessoas, numa verdadeira indas e vindas incessante, esta é a realidade dos transportes coletivos de S. Paulo. Uma verdadeira loucura, talvez pior do que se imagina, só os usuários sabem bem disso, e nós agora em pesquisas de campo, estamos constatando e vivenciando o verdadeiro caos no transporte urbano.
Também visitamos lojas nos shoppings e nos deparamos com algumas discrepâncias na adoção de filas e os caixas preferenciais que é de lei, e que não foram adotadas, consequentemente abusando e burlando do Estatuto do Idoso e outros preferenciais como deficientes, gestantes e mulheres com criança de colo.
Também vimos a luta para se sentar, até quando o espaço dos assentos preferenciais está completo, acabam utilizando o espaço destinados aos deficientes visuais com cão guia/ou cadeirantes, local este próximo da catraca e do cobrador.
Outro detalhe é que os idosos cada vez mais fazem uso das linhas em horários específicos entre às 09:00 e 11:00, no período matinal e das 14:00 até às 16:30 horas na parte vespertina. E temos toda a sorte de idosos. Mesmo não aparentando mais de sessenta e cinco e até aqueles que tem dificuldade de locomoção e insistem em usar os ônibus com a ajuda de uma pessoa mais nova, os cuidadores, aí temos um conflito, pois o mais jovem também se vale do assento preferencial, impedindo que outra pessoa de direito se ocupe desta cadeira. Finalmente notamos que o uso dos assentos por parte de pessoas mais jovens, durante essas viagens que fizemos nos ônibus, não tiveram muitos abusos. Quando surgia um idoso, o local era prontamente desocupado pelo "invasor" mais jovem. No Metrô a situação muda um pouco, nesse caso, os idosos lutam mais pelos seus direitos, já que o meio de transporte é mais usado pela maioria de "não idoso" e as distâncias são maiores, e ficar de pé por cortesia, custa mais dores no corpo do que o mico de ficar "dormindo com head phone". Creio que a ideia de ter vagões, o primeiro e o último só para os preferenciais em todo o período (não apenas em certos horários) de funcionamento, seria uma boa medida por parte das autoridades e responsáveis pelos transportes coletivos.
Nos bancos e em lojas, tivemos duas situações. Nos bancos os caixas preferenciais já se tornaram uma realidade, apenas julgamos que a quantidade é pequena, quase sempre é uma dentre uma quantidade, que oscila de seis a dez para os usuários normais. Num outro local, numa loja, vimos a placa "Fila única", coisa do passado e que no caso de uma fiscalização, a loja certamente será penalizada. Embora o produto seja elitizado, os idosos não tem categoria de classe social, idoso é idoso, em qualquer circunstância. Portanto, meus caros #amigosdosidosos, esse é o nosso relatório destes dois dias de pesquisas. Em breve voltaremos com outras informações para que todos saibam, o quanto os nossos " velhinhos" sofrem nessa selva, chamada de S. Paulo e o que passam nos transportes coletivos e serviços em gerais.



quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Uma capacidade colossal. Tanto na inteligência como na polêmica.

Paulo Francis, pseudônimo de Franz Paul Trannin da Matta Heilborn (Rio de Janeiro, 2 de setembro de 1930 – Nova Iorque, 4 de fevereiro de 1997) foi um jornalista, crítico de teatro e escritor brasileiro.
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Um neto de um comerciante luterano alemão de café, Francis fez a educação fundamental e o secundário em colégios católicos tradicionais do Rio de Janeiro, tendo sido interno dos beneditinos (Colégio de São Bento), no curso primário, e aluno dos jesuítas do tradicional Colégio Santo Inácio, no secundário. Freqüentou a Faculdade Nacional de Filosofia na Universidade do Brasil, nos anos 1950.

Participou do Centro Popular de Cultura da UNE e foi ator amador no grupo de estudantes mantido por Paschoal Carlos Magno. Enfim, acabou por abandonar os estudos universitários no Brasil em favor de um curso de pós-graduação em Literatura Dramática na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde foi aluno do especialista em Bertolt Brecht, Eric Bentley. Não concluiu o curso, mas a partir dele lançou as bases intelectuais de sua futura carreira jornalística.

Paulo Francis notabilizou-se, em primeiro lugar, como crítico de teatro do Diário Carioca entre 1957 e 1963, quando intentou realizar uma crítica de teatro que, longe de simplesmente fazer a promoção pessoal das estrelas do momento, buscasse entender os textos teatrais do repertório clássico para realizar montagens que fossem não apenas espetáculos, mas atos culturais – nas suas próprias palavras, "em cena um equivalente da unidade e totalidade de expressão que um texto, idealmente, nos dá em leitura […] a unidade e totalidade de expressões literárias". Seu papel como crítico, à época, foi extremamente importante.

O fim do regime militar, em 1985, colocou Paulo Francis numa situação similar a outros membros da elite intelectual brasileira que haviam militado na "resistência" à ditadura: se o fim do regime ditatorial atendia às suas aspirações políticas e intelectuais, ao mesmo tempo sentiam-se repugnados com a emergência de uma democracia de massa dotada de traços grosseiros e vulgares, combinados a uma consciência cada vez mais clara da incompetência e a corrupção dos governantes na Nova República.

Em Francis, cujo esquerdismo havia, como sempre, combinado-se a uma constante reverência diante de uma cultura elitista e a um certo esnobismo, esta repulsa o levou a uma postura de crítica emocional violenta em relação à classe política brasileira, expressa de forma às vezes dura, não faltando ofensas pessoais em suas crônicas e artigos da época.

A combinação esquerdismo e elitismo, que até então o havia levado a solidarizar-se com as massas apesar das suas deficiências culturais, passou a se deslocar a uma oposição à vulgaridade que o levou cada vez mais a identificar-se com as elites de esquerda (ou com o seu próprio ideal do que tal elite deveria ser, representar e defender).

Daí ele ter-se revelado cada vez mais descontente com o que considerava ser um certo esquerdismo inercial próprio aos intelectuais do Brasil – apegados aos seus antigos ideais mesmo num momento de crise das idéias de esquerda e de hegemonia crescente do neoliberalismo – para finalmente reconhecer o equívoco intelectual de esquerda e identificar-se com a mesma direita que havia combatido durante o regime militar.

Avaliar esta reviravolta ideológica de Paulo Francis depende da ideologia do avaliador. Para seus admiradores de direita, tratava-se de um ato de lucidez política; segundo o economista conservador Roberto Campos, Francis teria descoberto que "o socialismo acabou, morreu, já não vale o investimento".

Francis, como trotskista, não havia sido jamais um admirador do regime político então vigente na União Soviética e nos seus satélites do Leste Europeu, e a queda do Muro de Berlim não o afetava diretamente em suas idéias políticas (Trotsky havia previsto a queda do stalinismo em seu A Revolução Traída).

No entanto, no mundo da década de 1960 e no Brasil da ditadura militar, uma postura esquerdista puramente literária e verbal – do tipo que o jornalista americano Tom Wolfe apelidaria radical chic – era muito bem vista em meios literários e jornalísticos.

Paulo Francis fez dura oposição ao governo José Sarney, assim como à imprensa brasileira, que para ele tratava Sarney com excessivo e imerecido respeito. Francis por vezes comparava o comodismo e o "bom-mocismo" da imprensa brasileira com o que tinha como agressividade e a independência da imprensa americana. Encontrava-se, nesta época, dominado por um desencanto com o um crescente plebeísmo dos costumes políticos brasileiros, desencanto que tomaria a forma de rejeição aos movimentos políticos de massa da época, e especialmente com o Partido dos Trabalhadores, que ele considerava "uma cópia grotesca do PCB", e que suscitaria, às vésperas das eleições municipais de 1988, um seu ataque violento à candidatura de Luiza Erundina à prefeitura de São Paulo.

Um de seus artigos atacando o candidato do PT (que, segundo Francis, transformaria o Brasil no "Sudão da América Latina") teve grande repercussão e provocou, entre várias reações, uma resposta de Caio Túlio Costa, então ombudsman da Folha de São Paulo. A tréplica de Francis gerou uma dura polêmica, sendo uma possível causa de sua mudança da Folha para o Estado de São Paulo. Na eleição presidencial de 1994 Francis apoiou a candidatura de Fernando Henrique Cardoso, que tinha como seu amigo pessoal, embora a razão mais provável talvez fosse Fernando Henrique Cardoso ser uma alternativa a uma nova candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, a segunda de suas quatro candidaturas. A propósito de Lula, Paulo Francis gostava de citar Antônio Carlos Magalhães: "Entre Lula e uma alternativa, o povo vota na alternativa".

Desde 1980, tornou-se comentarista televisivo das Organizações Globo – uma virada emblemática para quem havia acusado Roberto Marinho de ter provocado o seu banimento do país durante uma de suas prisões, em um artigo d’O Pasquim, intitulado "Um homem chamado porcaria". Celebrizou-se pelas suas aparições histriônicas no ar, onde exagerava na voz arrastada e grave, sua marca registrada, que lhe rendeu inumeráveis imitações. A notoriedade que lhe valeu esta nova persona pública, no entanto, serviu também para celebrizar seus comentários, que incluíam ataques "politicamente incorretos" a figuras públicas como, por exemplo, o sindicalista da CUT Vicentinho, as prefeitas de São Paulo Luiza Erundina e Marta Suplicy, o cantor Cazuza, entre muitos outros.

Em inícios de 1997, no programa de TV a cabo do qual participava, Manhattan Connection, transmitido pelo canal GNT, Francis propôs a privatização da Petrobras e acusou os diretores da estatal de possuírem cinqüenta milhões de dólares em contas na Suíça – acusação pela qual foi processado na justiça americana, sob alegação da Petrobras de que o programa seria transmitido nos Estados Unidos para assinantes de canais brasileiros na TV a cabo.

Francis acabou por morrer de um ataque cardíaco, diagnosticado, em seus primeiros sintomas, como uma simples bursite. Era casado com a jornalista e escritora Sonia Nolasco, com quem viveu por mais de vinte anos. Seu corpo embalsamado foi trasladado de Nova York para o Rio de Janeiro e enterrado no jazigo familiar do Cemitério de São João Batista.

(Extraído do Wikipédia)

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O maior mestre das artes do século XX. Rebelde, talentoso, gênio. Picasso.

Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remédios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso, ou simplesmente Pablo Picasso (Málaga, 25 de outubro de 1881 — Mougins, 8 de abril de 1973), foi um pintor, escultor e desenhista espanhol, tendo também desenvolvido a poesia.
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 Foi reconhecidamente um dos mestres da arte do século XX. É considerado um dos artistas mais famosos e versáteis de todo o mundo, tendo criado milhares de trabalhos, não somente pinturas, mas também esculturas e cerâmica, usando, enfim, todos os tipos de materiais. Ele também é conhecido como sendo o co-fundador do Cubismo, junto com Georges Braque.

Em torno do seu nascimento surgiram várias lendas, algumas das quais Picasso se esforçou para promover. Segundo uma delas, Pablo nasceu morto e a parteira dedicou a sua atenção à mãe acamada. Só o médico, Dom Salvador, o salvou de uma morte por asfixia soprando-lhe fumo de um charuto na face. O fumo fez com que Picasso começasse a chorar. O seu nascimento no dia 25 de outubro de 1881, às onze e quinze da noite, seria assim descrito por Picasso aos seus biógrafos, que assim o publicavam de boa vontade.

Roland Penrose, um dos mais conhecidos biógrafos de Picasso, procurou nas suas origens a razão da sua genialidade e da sua abertura à arte, algo natural na compreensão de um gênio. Na geração dos seus pais são vários os vestígios. O seu pai era pintor e desenhista, de bem medíocre talento. Dom José dedicava-se a pintar os pombos que pousavam nos plátanos da Plaza de la Merced, perto da sua casa. Ocasionalmente, pedia ao filho para lhe acabar os quadros. A linhagem paterna possibilitou-se estudar até ao ano de 1841. Da descendência materna pesquisada, Dona María contava entre os antepassados com dois pintores. As feições de Picasso são também semelhantes às da mãe.

Os primeiros dez anos de vida de Pablo são passados em Málaga. O salário pequeno do pai como conservador de museu e professor de desenho na Escuela de San Telmo a custo assegurava o sustento da família. Quando lhe ofereceram uma colocação com melhor remuneração no Instituto Eusébio da Guarda, no norte do país, à hesitação sobrepôs-se a necessidade, e junto com a família, dom José parte para a Corunha, capital de província à beira do Oceano Atlântico.

Os desenhos de infância de Picasso representavam cenas de touradas. Sua primeira obra, preservada, era um óleo sobre madeira, pintada aos oito anos, chamada O Toureiro. Picasso conservou esse trabalho por toda a sua vida, levando-o consigo sempre que mudava de casa. Anos mais tarde pintou outro quadro semelhante, A morte da mulher destacada e fútil. Picasso está zangado e rebelde. Este quadro é claramente uma expressão injuriosa da sua relação com a mulher.
A preocupação principal do pai com o pequeno Pablo era o seu aproveitamento escolar, mas nem por isso dispensou a oportunidade de fomentar o talento do filho. Desenhar foi desde cedo a forma mais adequada de Picasso se exprimir e, talvez por isso, secundário.
Recusa claramente o ensino usual, e encarrega-se ele próprio da sua formação artística. Com treze anos, e seguindo o modelo do pai, Picasso atingira já a perícia do progenitor (que também não era de grande refinamento). Ao contrário do que apontam algumas listas, Picasso era destro, como se pode ver no célebre documentário The Mystery of Picasso.

A família transferiu-se novamente, desta vez a Barcelona, na primavera de 1895, e a prova de admissão na escola de arte La Lonja é feita com sucesso. Os trabalhos que deveria apresentar ao fim do mês, Pablo apresentava-os ao fim de poucos dias, ao cabo que o seu trabalho se destacava, inclusive, do dos finalistas. Com quatorze anos, Picasso conseguia superar as exigências de uma conceituada academia de arte. Trabalhos acadêmicos, que segundo o próprio, ao cabo de vários anos o assustavam. Os trabalhos que fazia colocavam-no na série de conceituados pintores de Barcelona, como Santiago Rusiñol e Isidro Nonell, e o seu quadro A Primeira Comunhão é exposto na célebre exposição da época na cidade. Apesar de ter optado por uma temática religiosa, este não deixa de ser um acontecimento privado, do plano familiar. Apesar de realista e de satisfazer as exigências acadêmicas, por outro lado a obra acaba por ser uma tentativa de combate ao convencionalismo.

Depois de uma estadia em Málaga, em 1897 instala-se em Madrid. Depois viveu entre Barcelona e Madrid, posteriormente indo para Paris. Após iniciar como estudante de arte em Madrid, Picasso fez sua primeira viagem a Paris (1900), a capital artística da Europa. Lá morou com Max Jacob (jornalista e poeta), que o ajudou com a língua francesa. Max dormia de noite e Picasso durante o dia, ele costumava trabalhar à noite. Foi um período de extrema pobreza, frio e desespero. Muitos de seus desenhos tiveram que ser utilizados como material combustível para o aquecimento do quarto. Pablo Picasso morreu a 8 de abril de 1973 em Mougins, França, com 91 anos de idade. Encontra-se sepultado no Castelo de Vauvenargues, Aix-en-Provence, Provença-Alpes-Costa Azul, sul de França.

"Em arte, procurar não significa nada. O que importa é encontrar".

"Pinto as coisas como as imagino e não como as vejo".

(Extraído do Wikipédia)

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Novo editorial. Causa e efeito, porque fazer o bem?

Porque ser engajado em causas sociais?
Você já parou para pensar? Você tem alguma dúvida em fazer o bem? Quais são as questões que não permitem que você ajude ao próximo. Questões políticas, religiosas, raça, sociais, pessoais? Ah, eu não ajudo porque desconfio daquele fulano. O dinheiro irá todinho para o bolso de poucos, diriam! É meu amigo, esse papo não justifica. Ou se adere de corpo e mente ou cai fora. Não há lugar para ficar em cima do muro. Ser voluntário é se doar. (Gurdjieff) 
Pois bem, você que quer ajudar e permanecer no anonimato, perfeito. Mas engaje-se. Porém nós entendemos que o maior número de pessoas acabam acreditando, quando há transparência. E por isso nós entendemos que devemos mostrar, falar, divulgar e pedir que todos ajam desta maneira. Devemos ser multiplicadores. E no anonimato isso se torna muito difícil. Libere-se, grite, expanda, exploda...(Gandhi)
Quando mudei de lado. Isso mesmo, quando mudei, acabei deixando algumas pessoas estupefatas. Como largou o trabalho que fazia há quase 40 anos? Marketing corria nas minhas veias. E porque mudei? Mas eu mudei? Acho que não, uso todo esse conhecimento, toda a minha experiência em favor desse novo desafio. Será uma trilha dura, difícil, claro que sim, mas só desta maneira é que iremos mostrar o nosso valor e por tabela, deixar com que as pessoas temerosas, incrédulas, passem a acreditar. Essa é a minha missão, é o meu desejo verdadeiro. Transformar, é o verbo que devemos conjugar. E assim faremos um tempo melhor. Lembro das palavras de uma atriz, Audrey Hepburn, que foi ícone de beleza e charme em Hollywood, mas que na doçura de sua velhice, engajada em causas sociais, dizia: "À medida que você envelhecer, você descobrirá que tem duas mãos - uma para ajudar a si mesmo, e outra pra ajudar aos outros". Creio que é meu dever e missão, trabalhar no Instituto Vital e também fazer o papel social de provocar nas pessoas de bem que saiam da zona de conforto, que por sinal é terrivelmente temporária, efêmera por consequência, e se libertem, abraçando causas nobres. Não é preciso ajudar o Instituto Vital. 
Lutem por outras milhares de entidades, ajudem a elas, engajem-se a outras, enfim, saiam do armário. A esse ponto que hoje o mundo atravessa, precisamos de gente engajada em, pelo menos, em causas filantrópicas. Não existe segredo. O terceiro setor existe para suprir a deficiência do Estado, das grandes corporações, da sociedade hipócrita e outros setores da vida. Estes mesmos organismos servem de escape para muitos aproveitadores dos setores corruptos que não exercem os seus papéis de zeladores do bem público e auxílio aos carentes, mas também tem uma grande parcela honesta e bem intencionada, da qual fazemos parte, que irá lutar para ajudar o próximo. O incentivo que temos é prova dessa continuidade e isso nós encontramos em Samuel Beckett. "As lágrimas do mundo são inalteráveis. Para cada um que começa a chorar, em algum lugar outro pára".

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Um gênio da fotografia. Hoje, no mundo digital, poucos o conhecem. Cartier-Bresson

Henri Cartier-Bresson (Chanteloup-en-Brie, 22 de agosto de 1908 — Montjustin, 2 de agosto de 2004) foi um fotógrafo do século XX, considerado por muitos como o pai do fotojornalismo.
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 Cartier-Bresson era filho de pais de uma classe média (família de industriais têxteis), relativamente abastada. Quando criança, ganhou uma câmera fotográfica Box Brownie, com a qual produziu inúmeros instantâneos. Sua obsessão pelas imagens levou-o a testar uma câmera de filme 35mm. Além disto, Bresson também pintava e foi para Paris estudar artes em um estúdio.
Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou à África, onde passou um ano como caçador. Porém, uma doença tropical obrigou-o a retornar à França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que ele descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.


A primeira câmera Leica de Henri Cartier-Bresson.
Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, Bresson foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou por duas vezes escapar e somente na terceira obteve sucesso. Juntou-se à Resistência Francesa em sua guerrilha pela liberdade.
Quando a paz se restabeleceu, Cartier-Bresson, em 1947, fundou a agência fotográfica Magnum junto com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour "Chim". Começou também o período de desenvolvimento sofisticado de seu trabalho.

Revistas como a Life, Vogue e Harper's Bazaar contrataram-no para viajar pelo mundo e registrar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos, da Índia à China, Bresson dava o seu ponto de vista especialíssimo.
Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.
Na década de 1950, vários livros com seus trabalhos foram lançados, sendo o mais importante deles "Images à la Sauvette", publicado em inglês sob o título "The Decisive Moment" (1952). Em 1960, uma megaexposição com quatrocentos trabalhos rodou os Estados Unidos em uma homenagem ao nome forte da fotografia.

De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório. Nós, fotógrafos, lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de fazê-Ias voltar outra vez. Não podemos revelar ou copiar uma memória.
Henri Cartier-Bresson

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Cartunista, humorista, dramaturgo, escritor, tradutor, e jornalista brasileiro, ufa, precisava mais?

Milton Viola Fernandes (Rio de Janeiro, 16 de agosto de 19231 — 27 de março de 2012), mais conhecido como Millôr Fernandes, foi um desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, tradutor, e jornalista brasileiro.

Começou a trabalhar ainda jovem na redação da revista O Cruzeiro, iniciando precocemente uma trajetória pela imprensa brasileira que deixaria sua marca nos principais veículos de comunicação do país. Em seus mais de 70 anos de carreira produziu de forma prolífica e diversificada, ganhando fama por suas colunas de humor em publicações como Veja, O Pasquim e Jornal do Brasil, entre várias outras. Em seus trabalhos costumava valer-se de expedientes como a ironia e a sátira para criticar o poder e as forças dominantes, sendo em consequência confrontado constantemente pela censura. Dono de um estilo considerado singular, era visto como figura desbravadora no panorama cultural brasileiro, como no teatro, onde destacou-se tanto pela autoria quanto pela tradução de um grande número de peças.
Com a saúde fragilizada após sofrer um acidente vascular cerebral no começo de 2011, morreu em março de 2012, aos 88 anos.

Veja e O Pasquim.

Ainda em 1968, Millôr passa a colaborar com a revista Veja, marcando o começo de uma duradoura relação profissional com a Editora Abril que em longevidade só seria superada por seu trabalho nos Diários Associados. Nesse mesmo ano morre seu amigo Sérgio Porto, tendo início uma movimentação entre alguns jornalistas e cartunistas para a substituição de seu jornal Carapuça. Apesar de não integrar aquela equipe que seria por fim a fundadora de O Pasquim, a influência exercida pela experiência de Millôr com o Pif-Paf foi definitiva no surgimento do novo jornal. De uma forma ou de outra, ele esteve sempre presente nos primórdios do semanário. Já na primeira edição, em junho de 1969, profetizava que "se esta revista for mesmo independente não dura três meses. Se durar três meses não é independente". Retrataria-se três edições depois, e de fiel colaborador passou a uma das principais forças do Pasquim, como na ocasião em que grande parte da "patota", como se autodenominavam os colaboradores, foram presos pela ditadura.

O fato se deu após o jornal publicar uma paródia do quadro Independência ou Morte de Pedro Américo, onde D. Pedro I foi posto dizendo a frase "Eu quero é mocotó". A resposta dos militares não tardou: em 01 de novembro de 1970, os responsáveis pela editoria e fechamento do Pasquim foram presos um a um. Sérgio Cabral, Tarso de Castro, Ziraldo, Fortuna, Paulo Francis, Luiz Carlos Maciel e Flávio Rangel acabariam detidos por dois meses, sem saber sequer do que foram acusados. Com a redação do semanário desfalcada de alguns de seus principais nomes, Millôr e Henfil, com a ajuda de colaboradores de última hora como Chico Buarque, Glauber Rocha e Odete Lara, entre outros, fizeram o possível para manter o jornal em funcionamento, que não deixou de circular uma só vez. Millôr inclusive tentou emular o estilo de alguns dos colegas, enquanto a ausência de outros era justificada aos leitores como em decorrência de uma "gripe".

Em 1972, Millôr assume a presidência do Pasquim, então envolto em várias dívidas e problemas administrativos relacionados a gestões anteriores. O jornal permanece sob censura prévia até 1975, quando é dispensado de submeter seu material à "apreciação" dos censores. A liberação coincidiu com a edição de n° 300 do semanário, que apesar da dispensa da censura acaba mesmo assim apreendido por ordem de Armando Falcão. 
Millôr defende então que a edição seguinte fosse inteiramente dedicada a satirizar o ministro da Justiça, mas sem apoio da equipe decide deixar o jornal, tendo cumprido o propósito de reorganizar as finanças e salvá-lo da falência. No mesmo ano, faz exposição de 25 quadros “em branco, mas com significado”, na Galeria Grafitti, no Rio. Em 1976, escreve para Fernanda Montenegro a peça É..., que, encenada no Teatro Maison de France, no Rio, acabaria por se tornar seu maior sucesso teatral.

Em 1977, Millôr volta a expor seus trabalhos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Sempre avesso a cerimônias e premiações, em 1978 aceita a homenagem do quinto Salão Internacional de Humor de Piracicaba, mas com uma condição: a de que a inscrição da placa, com apenas seu nome, fosse mudada para "Aos humoristas do Brasil na pessoa de Millôr Fernandes". Deixa a Veja em 1982 ao se recusar a atender o pedido da revista de retirar o apoio público que mantinha a Leonel Brizola, então candidato ao governo do Rio pelo PDT em oposição a Moreira Franco, do PDS (que se tornou o DEM mas que na época era a nova sigla da Arena, o partido situacionista criado pelo regime militar).
(Extraído do Wikipédia)