quinta-feira, 25 de junho de 2015

Quem quer salvar o mundo?

Leve o espírito olímpico para a sua vida.
De tempos em tempos, volta e meia a mídia acorda para algo que deveria ser uma ação permanente, ou seja, uma educação perene, uma participação ativa da sociedade e aos elementos envolvidos neste processo.
Pessoas, cidadãos, população, todos estes envolvidos deveriam ser permanentemente cumpridores de atos e atitudes civilizadas em qualquer lugar em qualquer época. 
Em casa, nos recintos públicos, nos transportes, na rua, enfim em todos os lugares.
O que parece ser obrigação, uma coisa natural, é citada como casos únicos, dignos de exemplos e são comentados como exceção à regra. Viram vídeos que virilizam nas redes sociais. 
São citados em programas e noticiários como um exemplo a ser seguido. Ora bolas, não concordo. Para que ser comentado como algo diferente, algo inusitado, algo que deveria ser seguido como exemplo? 
Divulgação
O que deveria ser normal é comentado como anormal?

Acredito que deveria ser corriqueiro. Normal, comum, usual e não diferente, ocasional, e não ser festejado como uma atitude anormal. 
Vemos alguns posts nas redes, onde as pessoas comentam incrédulas que um idoso foi despeitado no transporte público não tendo condições de se utilizar do local preferencial.
Vídeos de algumas pessoas fazendo atos agressivos punindo os motoristas de carros que estacionaram em vagas para deficientes, gestantes ou idosos.
Por que tanto espanto nos dois casos. Um que fez algo civilizado e se comportou como um cidadão educado e o outro, quando se aplicou a Lei de Talião, a tal regra dente por dente.
Creio que nos dois casos, por serem exemplos, um de respeito e outro de punição, atinja as pessoas como modelos do comportamento de uma sociedade que se esqueceu de suas atribuições.

De quem é a culpa?

Culpa do Estado? Culpa dos tempos de sobrevivência? Culpa da falta de educação que deveria vir do berço? Culpa do pai e mãe que não mais permanecem com os filhos na infância e saem mais cedo para a luta e sobreviver?
Culpa do sucateamento do ensino, dos governantes que não mais priorizam a educação? Culpa e mais culpa.
Se formos seguir a essa mazela, deveríamos desistir de vez. Liga-se o foda-se, pau nos culpados e aos que dependem da boa vontade dos outros.
Me decepciono ao ver a maioria desistir e os mansos se conformarem. "É assim mesmo, deixa pra lá". O povo, em sua maioria não reage. Ninguém procura lutar em defesa dos outros. Somos individualistas e covardes. 

Aproveitadores, os mesmos oportunistas de sempre.

Ah, tem os políticos, os pais dos pobres. Ledo engano. Políticos e dirigentes religiosos, começam simples e humildes, depois adquirem poder, e principalmente, dinheiro e de repente tudo se transforma. O pai dos pobres, o pastor, o dirigente, todos quando se tornam poderosos, acabam muito ocupados e se esquecem daqueles que acreditaram na causa. É o triste destino do eleitor e do fiel, que se manterão nas calçadas. 
O exemplo deles contamina os segundos escalões e a pirâmide abaixo. Depois disso salve-se quem puder. Os bem aventurados, que ainda existem, seguem a triste sina de continuar a lutar pelos direitos dos mais fracos e desrespeitados.
A mídia com os geniais criadores fazem comerciais e peças de propaganda, mais preocupados em ganhar prêmios nos festivais publicitários, mostram aquele mundo ideal e as redes comentam para mais tarde, aquele mesmo assunto abordado cair no esquecimento.


Tudo de novo.

Depois vem outro grande evento mundial, retomam o assunto, veiculam, virilizam e a coisa se repete. Acho que é hora de uma revolução. Um novo tempo. Começarmos duas linhas de ação. Um, o primeiro, seria o brado dos mansos. Lutarmos pelos nossos direitos. Se for necessário, usar a força. 
Outro dia no trem da CPTM, vi um senhor de idade tirar um jovem do assento destinado aos preferenciais. Dizia ele, que estava exigindo respeito pelo anos que ele havia trabalhado, produziu para a sociedade e que ele, já idoso tinha direito a aquele lugar.
Que aquele jovem aguardasse o seu tempo, que prestasse serviços e que após a longa caminhada fizesse, no futuro, o mesmo que ele. Aquele o senhor de idade, estava fazendo naquele momento o que todos deveriam fazer, lutar pelos seus direitos, mesmo que fosse no grito. Todos os usuários daquele trem se calaram em suas hipocrisias naquele vagão. É esse silêncio que me corrói.
Cumprimentei-o e disse aos mais próximos que lá estavam, que usaria aquele testemunho em meus posts, como faço agora.

Educação, é a única saída. 

A segunda parte, seria a Educação. Exigirmos que estes governos corruptos, que só querem extrair a grana para si próprios, que façam algo para iniciarmos uma cruzada para a educação deste país.
Aqui, faço um exercício utópico em minha mente. Queria que tivéssemos um rodízio de países. Que o Brasil trocasse com o Japão. Que os japoneses tivessem uma larga extensão de terra como nós brasileiros e vice-versa. Que nós brasileiros vivêssemos numa ilha.

Utopia e harakiri.

Como seria? Este país, o Brasil com os japoneses, provavelmente seria o maior do mundo. Na educação, no respeito, na tradição de zelar pelos mais velhos, pelo respeito a natureza, talvez não perderíamos a Amazônia, não teríamos desmatamento desenfreado. 

Enquanto a ilha, provavelmente estaria afundando-se com tanta sujeira, lixos, poluição nos rios, ruas, bairros e cidades. Ninguém estaria andando, porque não haveria espaço para tanto carro estacionado nas duas mãos das ruas.
Com certeza, no primeiro terremoto, não faríamos nada para consertar.

Escolas sujas, carteiras quebradas e com os alunos agredindo aos professores, enfim não mais teríamos o ensino. Greves, assaltos, enchentes, caos urbano, corrupção nem se fala. Se seguissem o Harakiri, estariam todos mortos. Suicídio geral nos escândalos do Mensalão, Lava Jato e outros mais.
Vocês se lembram dos jogos do Japão na última Copa do Mundo? Os torcedores japoneses recolhendo o lixo que foi jogado no estádio, após o jogo terminar. Ouvi-se muito quando saiu nos noticiários que deveríamos fazer igual. Fizemos?
Pobre desse espírito olímpico em nossas vidas brasileiras.
Clique nestes dois links abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=HZbNSsBmNWU&list=PLT-eKM4S_uC_ScdsIBUXGq56RtM4AzEeF 


https://www.youtube.com/watch?v=PXUaUbHwQtg

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Ônibus municipais, um roteiro de horror de filmes B

Terminal da Lapa para o centro de S. Paulo, Praça Ramos.
Um festival de incoerências. Trajeto digno de um roteiro de horror de um filme B.
Desde o ponto inicial do ônibus com destino final o que chamam de Praça Ramos, que na verdade é na Rua Xavier de Toledo.
E o pior, ninguém reclama. Nem o usuário prejudicado pelo péssimo serviço, nem o cidadão que clama por direitos, respeito e dignidade.
Vamos aos relatos. O Instituto Vital deverá promover uma pesquisa urgente com fundos próprios, salvo se não houver alguma entidade, pessoas com visão filantrópica para nos ajudar. 

Pesquisa de campo que falta
Esta pesquisa servirá de embasamento para provar o total desleixo e falta de vontade das autoridades municipais, quer executivo, quer legislativo, empresários das empresas de ônibus e os sindicatos dos motoristas e cobradores.
Numa simples viagem a partir das 10:30 horas, vimos absurdos e porque não, abusos a qualquer dignidade das pessoas, quer idosos, foco principal do nosso Instituto Vital, quer de pessoas usuárias normais das linhas de ônibus.
É sabido que nesse horário o número de idosos é maior do que os outros, por exemplo mais cedo. Esses mesmos usuários da terceira idade, permanecem na frente do ônibus, antes da catraca e em consequência congestionam essa parte do ônibus, que possuí um maior número de assentos preferenciais, em torno de oito lugares dependendo da configuração e tipo de veículo.Também acabam impedindo a passagem de outros que por ventura queiram atravessar a catraca. 

Cadê o cobrador?

Para complicar o cobrador não estava em seu posto de trabalho. Não podemos entender. Como se abre a porta de ingresso de pessoas e o cobrador, que deveria estar lá para validar a passagem dos idosos, não estava. Os outros passageiros que passam apenas com o Bilhete Único, acabam ocupando os lugares e deixam sem opção para os que passarão após a chegada do tal cobrador. 
Isso é de uma insensibilidade ímpar. Resultado, os outros assentos preferenciais acabam sendo ocupados por pessoas que não são preferenciais e o idoso fica de pé. Aquele cobrador, o tal atrasadinho, nem se vale de pedir que o passageiro ceda o espaço ao idoso. Uma vergonha. Quem acaba fazendo isso, no caso, somos nós e para o olhar 33 de quem está sendo convidado a permitir que o idoso se ocupe de seu espaço por direito. Cidadania se faz com educação. E nesse país se vê de tudo, menos a educação. Cada vez mais teremos esses atos de desrespeito, infelizmente.

Segue a aventura

Seguindo para a cidade nos deparamos com o caos do trânsito. A essas horas? Quase 11:00. Ah, são as reformas debaixo do Minhocão. São obras do Haddad. O tal prefeito das ciclovias. Uma verdadeira zona implantada desde janeiro e há quase seis meses deixando o trajeto uma verdadeira rota de guerra no Oriente, como na Síria e no Iraque.
Tem planejamento nessa cidade? Claro que não. Tem ônibus com a configuração para esse número alto de idosos neste horário? Claro que não. Tem cobrador capacitado para exercer e estabelecer a ordem naquele coletivo? Claro que não.

Adotem uma nova ideia.

Nesse caso, vai aqui uma ideia. Porque não o ônibus inteiro ter os assentos preferenciais e em caso de ausência deste, o espaço poderá ser ocupado pelos outros? É de se pensar, não, políticos?
Mulheres com crianças de colo, gestantes, deficientes e até os obesos, em sua maioria ficam de pé. Salvo uma pessoa consciente e educada, vale dizer, que acaba cedendo o seu lugar. Caso contrário, o ônibus é o transporte mais desumano desta cidade. Alô seu prefeito, seus vereadores, autoridades, vamos tomar vergonha na cara e fazer algo. 
Isso ai que está não condiz com o século 21. 
Há modelos que usam coisas dos anos 50. A começar pelos nomes das rotas de ônibus. Algumas ainda usam as trilhas dos antigos bondes. O troleibus por exemplo. A Praça Ramos está longe do ponto final. Mas o nome da rota está lá. Deveria ser rua Xavier de Toledo. E o ônibus nem pára no ponto da Praça Ramos, quando ele faz o caminho de volta para o bairro da Lapa. Fala sério.