Graças a Deus a chuva está caindo, mas a dose está um pouco fora de medida.
Hoje, dia 25 de fevereiro deparei-me com uma situação inusitada. Há mais de 45 anos de São Paulo nunca tive que passar por isso. Um única vez em 1981, fui pego com aquela inundação na Grande S. Paulo, mas eu andava de carro e dava aula no ABC. Tive que fazer um circuito que contornava a marginal Tietê. Cheguei de madrugada, após ficar perambulando desde às 20:00 horas. Procurando uma passagem para a Zona Norte.

Ônibus com goteira
Música de Sérgio Reis: Nesta Casa Tem Goteira/Pinga Ni Mim, Pinga Ni Mim, Pinga Ni Mim/Nesta Casa Tem Goteira/Pinga Ni Mim, Pinga Ni Mim, Pinga Ni Mim, mudei pra "Nesse ônibus tem goteira, pinga ni mim..." (http://www.kboing.com.br/sergio-reis/1-84468/).

De volta para casa
Cheguei em casa após uns quinze minutos de água na cara. Preservei os eletrônicos e ainda passei na padoca para comprar aquele pãozinho francês fresquinho. As meninas do balcão que me conhecem se espantaram e perguntaram: – Seu Salim, o que é isso? Como um pinto molhado, respondo: – Água do céus. Bendita água do céus. Nas ruas inundadas, a enchente é culpa das autoridades e da população porca que joga lixo na rua. Não consegui fazer as fotos, mas as travessas que chegaram a cobrir carros, estavam cheias de papéis, sacos plásticos e outros troços, para não falar outra coisa. Lembrei do filminho dos anos 70: POVO DESENVOLVIDO, POVO LIMPO. Eu acrescentaria POVO CIVILIZADO. Hoje foi um dia daqueles, para os antigos que assistiram a velha Família Trapo da TV Record, canal 7, aquela com o Golias, Jô Soares e Renata Fronzi. Tinha o chefe da família, o comediante ítalo-brasileiro Zeloni que sempre falava quando acontecia uma cagada. "– Tudo acontece comigo, só comigo".